terça-feira, 13 de setembro de 2011

MAÇONARIA EM CUBA, PORQUE EXISTE E É BEM ATIVA LÁ ?


Pergunta: - POR QUÊ A MAÇONARIA, que trabalha em prol da LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, e sempre alerta e combativa contra a tirania e seus tiranos, É UMA REALIDADE EM CUBA, UM PAÍS COMUNISTA, dominado por uma ditadura?

Resposta: - PORQUE, FIDEL CASTRO ficou VIVO, GRAÇAS À MAÇONARIA.

Sabemos que a Maçonaria não foi autorizada a funcionar nos países totalitários, tanto da direita como da esquerda. Nem na Alemanha nazista, nem na Itália fascista e muito menos nos países comunistas, Rússia, China e satélites Aqui no Brasil, com o advento do assim chamado Estado Novo(10.11.1937), pela ação do integralismo e, sobretudo, de Gustavo Barroso, a tendência de Getúlio Vargas era, também, pelo seu fechamento, evitado pelo seu irmão maçom, General Protásio Vargas.

Em Cuba funcionam, normalmente, 324 Lojas com 19.892 membros (1986) e somente na sua capital, Havana, nada menos que 135, coordenadas pela 'Gran Logia de Cuba' e mantém relações com todas as Grandes Lojas regulares do Mundo e é membro da Confederação Maçônica Interamericana.

O próprio ditador, Fidel Castro, em sua célebre entrevista a Frei Betto, conta que não morreu, porque estava acompanhado de um maçom. Diz ele que, em sua retirada depois do fracasso do ataque ao quartel de Moncada, em março de 1952, com seis ou sete companheiros em fuga, queriam chegar à Sierra Maestra e organizar de novo a luta. Aproximamo-nos de uma casa, falamos com um cidadão e foi ele quem arranjou o encontro daquele grupo com o Arcebispo.

Eu- diz Fidel Castro- e os dois que estavam comigo nos separamos deles, nos afastamos uns dois quilômetros daquele lugar, no propósito de, à noite, pegar a estrada que conduzia à baia de Santiago de Cuba. Porém, o exército soube, talvez tenha interceptado a ligação telefônica entre aquela família e o Arcebispo. Bem cedo, antes de amanhecer, patrulhas ocupavam toda aquela região, inclusive as proximidades da estrada.

Estávamos a dois quilômetros e cometemos um erro, que até então não havíamos cometido em todos aqueles dias. Um pouco cansados, tínhamos que dormir nas piores condições, nas ladeiras das montanhas, sem saco de dormir ou coisa parecida, e, justamente naquela noite, encontramos uma pequena cabana, de quatro metros de comprimento por três de largura, o que aqui chamam VARA EM TIERRA, lugar onde se guarda material de trabalho. Para proteger-nos da neblina, da umidade e do frio, decidimos ficar ali até amanhecer.

De manhã, antes de despertarmos, uma patrulha de soldados entra na cabana e nos acorda com os fuzis sobre o peito. Ser despertado pelos fuzis do inimigo foi conseqüência de um erro que jamais deveríamos ter cometido... ninguém montou guarda... Os três dormimos.


Estávamos um pouco confiantes, pois havia uma semana que, apesar de rastrearem toda a região, continuávamos furando o cerco... Do jeito que aqueles indivíduos andavam sedentos de sangue, teriam nos assassinados de cara. Porém, ocorreu uma incrível casualidade: havia um Tenente negro, chamado Sarría, que não era assassino e tinha certa autoridade e liderança.

Os soldados estavam excitados, nos amarraram, apontaram os fuzis contra nós e queriam matar-nos. Pediram nossa identidade e demos outro nome. Vi logo que não me conheceram... Estavam sedentos para matar-nos. Se tivéssemos nos identificados, teriam disparado sem apelação.

Começamos a discutir com eles... A gente se dava por morto; eu não imaginava a mais remota possibilidade de sobreviver, continua dizendo Fidel Castro. Durante a discussão com eles, o tenente interveio e disse: 'Não disparem'. Impôs-se aos soldados, enquanto repetia em voz baixa: 'Não disparem, as idéias não se matam'. Três vezes aquele homem repetiu: 'As idéias não se matam'.


Por oportuna coincidência , um dos nossos companheiros era maçom. Trata-se de Oscar Alcalde, que está vivo e hoje preside o Banco da Poupança. Financista, em Cuba. Era ele quem controlava os fundos do nosso Movimento Revolucionário. Percebeu detalhes de formação maçônica nas atitudes e palavras do TENENTE e decidiu identificar-se com SINAL SECRETO da MAÇONARIA , PARA O TENENTE. Isso surte então efeito imediato. Se sabia que havia muitos militares maçons nas tropas combatentes. Bem amarrados, nos levantaram e nos levaram.

Impressionara-me a atitude daquele Tenente, e, após caminharmos um pouco, chamei-o e disse:

_  'Vi como o senhor procedeu e não quero enganá-lo, eu sou o lider guerrilheiro Fidel Castro'.

Ele me adverte discretamente:

_ 'Não diga nada a ninguém'.

Avançamos um pouco mais e logo, a uns setecentos ou oitocentos metros dali, se houve tiros. Os soldados, muitos nervosos, estendem-se sobre o chão... Quando vejo eles se deitaram, pensei que tudo era uma artimanha para atirarem em nós e permaneço em pé, parado. O Tenente se aproximou e eu lhe disse:

_ 'Não me deito, se querem atirar têm que matar-nos de pé'.

O Tenente comenta:

_ 'Vocês são muito corajosos, rapazes'...

Fomos todos reunidos e colocados num caminhão. O Tenente me pôs na frente, entre ele e o motorista. Mais adiante surgiu um Comandante, que se chamava Pérez Chaumont, um dos principais assassinos, e responsável pela morte de muita gente. Ordenou que nos levassem ao quartel. O Tenente discutiu com ele e não o obedeceu. Levou-nos à Casa de Detenção de Santiago de Cuba, onde ficamos à disposição da Justiça Civil.

Se tivéssemos chegado ao quartel, teriam feito picadinho de todos nós. Toda a população de Santiago de Cuba fica sabendo que fomos presos e que nos encontramos ali. Começa forte pressão para salvar-nos a vida...

Alguns foram salvos porque se apresentaram através do Arcebispo. Mas, no caso do nosso grupo, o fator determinante foi o Tenente e Maçom. Antes do triunfo o denunciaram como responsável pela nossa sobrevivência. Culparam-no de não nos ter assassinado... Naquele momento, o Tenente foi afastado do Exército.


Quando triunfou a Revolução, o incorporamos ao novo Exército, com o Grau de Capitão... Era um homem honrado, com acentuada disposição à justiça. O curioso é que, como reflexo de seu pensamento, nos momentos mais críticos o ouço repetir, em voz baixa, as instruções aos soldados para que não disparem, porque ' as idéias não se matam Liberdade -Igualdade e Fraternidade. 'Os homens virtuosos procuram pela maçonaria, a maçonaria os aperfeiçoa' ' 
                                                      
  ‘ Para um homem ser bom não precisa ser maçom. Mas para ser maçom tem que ser bom. É assim que pensamos e agimos na maçonaria’.                        

'LOUVADA SEJA A MAÇONARIA QUE NOS FEZ IRMÃOS'

fonte: Primeiraedição.com.br


Um comentário:

  1. Muito interessante esse artigo. Não tenho conhecimento de tal ocorrido, foi bom le-lo.
    Não se mata uma idéia.

    Parabéns pela eposição do artigo.

    Dionesio

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