sexta-feira, 29 de julho de 2011

O NOVO DESAFIO DA MAÇONARIA

 SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA


Caríssimos Irmãos.

     Ao longo de sua história, a Maçonaria, não aquela das lendas e tradições românticas, de tempos imemoriais, das guildas de ofício que pretendiam manter uma reserva intelectual de mercado, mas sim a Maçonaria como Instituição, fruto de um momento social iluminista originada ao longo do final do século 17 e início do 18, sempre enfrentou oposição do chamado "mundo profano", principalmente por seu caráter sigiloso, reservado, secreto até.

     Nestes quase 300 anos de existência oficial a ser completada em 2017, a Maçonaria se deparou com fortes movimentos que pretenderam controlá-la e até mesmo suprimi-la, com a eliminação de suas estruturas, a prisão e mesmo a condenação à morte de seus integrantes. Desde a emissão da Bula In Eminenti Apostolatus Specula, por parte do papa Clemente XII, em 28 de abril de 1738, uma das primeiras tentativas de sua supressão, até os fortes ataques sofridos ao longo do século 20 por nações totalitárias, de caráter fascista, mesmo assim a Maçonaria sempre representou ao mesmo tempo um farol de conquistas sociais de Liberdade e Igualdade entre os Homens e uma ameaça aqueles que pretendiam a perpetuação de um status quo baseado no controle do Estado e da Sociedade por poucos, uma elite perversa que visava ao controle do conhecimento, aos meios de produção, às liberdades individuais.

     Nestes últimos 300 anos, em suas fileiras, a Maçonaria abrigou líderes políticos, libertadores, intelectuais, filósofos, cientistas e artistas: de Saint-Martin e Washington; de Voltaire a Franklin; de Mozart e Puccini a Montaigne e Fleming. A Maçonaria sofreu e sobreviveu, sempre permanecendo imune aos ataques externos e internos à sua estrutura globalizada, em uma época em que o termo ainda nem sequer havia sido cunhado.

     Nestes 300 anos, lutou-se pela Liberdade social, pelo acesso universal à instrução, pelo direito de acesso aos meios de produção, pela liberdade política, pela defesa dos Estados laicos e pela comunhão entre os povos. Lutou-se pelo fim do Absolutismo; pelo fim da Escravidão; pela eliminação das oligarquias na sociedade; pela eliminação do totalitarismo de Hitler, de Mussolini e de Franco, exemplos de Estados onde a Maçonaria foi perseguida e praticamente eliminada, com a morte de aproximadamente 400.000 maçons em campos de extermínio, conforme os registros oficiais apontam; lutou-se pelo fim da Ditadura do Proletariado nas quatro décadas após o término da Segunda Guerra Mundial e tem se lutado ainda pela supressão das injustiças sociais e econômicas.

     Agora nestas primeiras décadas do século 21, a Maçonaria, de uma maneira geral, enfrenta um inimigo maior que todos aqueles que já a confrontaram: a indiferença. A indiferença por parte de seus integrantes de que não há mais batalhas a serem vencidas; a indiferença e a acomodação por parte de seus integrantes de que as grandes causas se resumem a encontros sociais e a discursos vazios desassociados da realidade prática de um mundo em transformação, um mundo que exige respostas rápidas para questões cada vez mais complexas; a indiferença por parte de seus integrantes com relação aos equívocos internos e à luta insana por um poder sem poder algum; a indiferença diante de grupos que simplesmente se esquecem dos compromissos assumidos no instante de suas iniciações.

     Portanto, o maior inimigo da Maçonaria não está somente no crescimento de movimentos antimaçônicos, no crescimento de teorias de conspirações, nos ataques de grupos extremistas que tem se infiltrado dentro da Ordem, com o intuito de se valer da “proteção” de seus templos para fins menores e escusos. O maior inimigo da Maçonaria está na constituição, internamente, em nossas fileiras, de grupos de interesses particulares, na construção de uma oligarquia, de um governo de poucos, por si só perverso, com pretensões de se perpetuar no poder da Instituição, transformando-se numa autocracia ou mesmo numa plutocracia. O que se tem visto de uma forma generalizada é que os interesses maiores, os interesses sociais e culturais de grande parte da sociedade profana e maçônica, foram deixados de lado, em troca de uma política feita para se garantir regalias efêmeras e reuniões festivas sem significados maiores.

Mas quais desafios a Maçonaria deve vencer?

     Antes de qualquer ação concreta, antes de se voltar à sociedade profana, a Maçonaria deve se re-inventar, não no sentido de se criar um novo padrão de atuação, mas sim de se retornar aos princípios defendidos e elaborados por aqueles que “inventaram” a Instituição; uma reformulação da “ética maçônica” com vias ao re-exame dos hábitos dos maçons e do seu caráter em geral, de modo a se evitar o desmoronamento dos pilares de sustentação da Instituição; um re-exame das reais necessidades da Maçonaria, principalmente com relação àqueles que pretendem ocupar a liderança e a representação de nossa Ordem, guindando-se aos seus maiores postos, não só o mais carismático, mas também aquele que seja mais preparado do ponto de vista ético, intelectual e moral.

     Necessitamos de um novo padrão de comportamento, não o comportamento vigente, voltado para a auto-promoção e a perpetuação de privilégios, mas sim um novo padrão para se vencer os desafios referentes à construção de uma sociedade profana baseada nos princípios fundamentais defendidos pela Ordem, ou seja a formação de Homens preparados para a diminuição das diferenças existentes entre as classes, não somente sob a ótica econômica, mas também do ponto de vista cultural e educacional.

     O que devemos ter em mente e plenamente consciente que a Maçonaria é a Instituição onde o mundo deve se espelhar e não o contrário. Que os exemplos de valorização do Homem, da História e da Cultura que sempre foram os grandes pilares da Maçonaria iluminem o mundo de trevas profano a partir de nossas fileiras e não o oposto, pois não podemos permitir que as trevas desse mesmo mundo obscureçam as Colunas de nossa Instituição.

     Devemos ser vaidosos não por aquilo que pretendemos ser, mas sim, orgulhosos por toda ação e comportamento que nos identifiquem e reconheçam como Homens preparados para transformar o Mundo.

Fraternalmente,
Fábio Cyrino, M.I. 33° REAA

terça-feira, 26 de julho de 2011

CIRCULAÇÃO EM LOJA do REAA


Definitivamente este artigo não dará a palavra definitiva sobre o tema. Simplesmente porque foram tantas influências que o Rito Escocês Antigo e Aceito recebeu que há Irmãos que acreditam que o ACEITO é por ele “aceitar” qualquer modificação.

Já ocorreu de estar acompanhando um Irmão estrangeiro e durante os trabalhos da Loja que visitávamos, ele me disse: - Este Rito Brasileiro é interessante! E respondi para ele que estávamos presenciando uma sessão do REAA. Olhou-me sério é sentenciou: - Definitivamente este não é o REAA, só se for Rito Escocês do Brasil!

 Então vamos aos nossos trabalhos. Primeiramente é compreender que nem todos os Ritos Maçônicos trazem instruções sobre como se deslocar em Loja. Não havendo a determinação escrita, os Obreiros andam da esquerda para a direita, da direita para a esquerda e até em diagonal. Á esta forma de caminhada podemos chamar de perambulação, que nada mais é do quer andar sem caminho pré-estabelecido, vaguear.

 Agora prestem a atenção se no seu ritual está a palavra CIRCULAÇÃO. Observe que poderiam usar “Caminhada em Loja” ou “Deslocamento em Loja”, porém mais do que usar uma palavra os ritualistas sutilmente deixaram uma instrução. Circulação é um movimento ordenado e contínuo de um corpo que se move em círculo.

Uma Loja é uma pseudo materialização do universo, é o famoso micro e macrocosmo. Nas paredes dos Templos temos as Colunas Zodiacais e um ano é o tempo que o sol gasta para “circular” por todos os signos zodiacais. O interessante é que todo ano se inicia sob o signo zodiacal de Capricórnio (22/12 - 20/1), mas a nossa primeira Coluna Zodiacal é Áires. Seguindo a mesma seqüência da astronomia (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem) encontraremos estas colunas do extremo Ocidente indo para o Oriente do lado norte. A segunda seqüência (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) incia-se junto ao Oriente e segue até o extremo ocidente do lado sul.

Portanto fazer uma volta ou circular no Templo é passar em frente a estas colunas é como aparentemente faz o astro rei, sempre no sentido destrocentrico. Ao passarmos da Coluna do Norte para a Coluna do Sul e cruzarmos a linha imaginaria que separa estas duas Colunas, devemos parar, olhar para o Delta Luminoso e fazer o sinal que alude o juramento. O cumprimento é feito ao Delta/IOD, nunca ao Venerável Mestre. É importante esclarecer que no Oriente não caminhamos, também circulamos.

Por mais apertado que possa ser, devemos ter a consciência do “circular energias”. No sentido Orador para Secretário, devemos andar o mais próximo possível ao Altar do Venerável, no sentido Secretário para Orador, o mais próximo possível da balaustrada. Certamente alguém vai perguntar: - Devemos mudar o sentido da circulação de forma angular? Somente se em seu ritual for explicito que os Irmãos devem caminhar em esquadria. Dessa forma não estamos traçando círculos ao redor do “ponto que fica entre duas linhas”, estamos traçando retângulos.

A origem desta “paradinha” e mudança de 90 graus na marcha é uma herança dos primórdios da Maçonaria, quando o Painel do Grau era um grande tapete que fica estendido no chão e para evitar que o iniciado (de olhos vendados) pisasse nele, um Irmão mais atento ou experto, virava seu tronco toda vez que ele alcançava a quina do tapete. E assim ele ia fazendo as viagens, sempre em paralelo ao Painel e esquadrejando as pontas. 

Ir.'. Sergio Quirino
24 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Da influência da maçonaria nas decisões da Assembleia da República

( enquanto os Maçons atuam em Portugal, aqui ficamos disputando aventais e falando da mesma balela de sempre, regularidade e reconhecimento)

A maçonaria atual fortemente no meio político em Portugal, provocando a ira e textos de claríssimo ciumes entre os políticos não maçons, iguais a este abaixo:

          Recentemente, a propósito da eleição do Presidente da Assembleia da República vieram a lume algumas notícias que davam conta da tentativa de influenciar o resultado dessas eleições recorrendo ao chamado “factor maçónico”. 

          O tema é incómodo para muitos políticos – fora e dentro do Parlamento – mas altamente relevante para a qualidade da nossa democracia já que existem indícios muito fortes de que muitas decisões parlamentares cumprem outras agendas além das parlamentares, políticas ou nacionais, servindo esta sociedade secreta como alavanca para a promoção política dos seus associados à revelia daquela que devia ser a única razão da sua presença entre as bancadas parlamentares: a representação daqueles que os elegeram.

          Segundo o Jornal “I”, nesta eleição para a presidência da Assembleia, “vários maçons terão entrado em acção para conseguir os votos que faltavam para o ex-candidato à presidência da República – que terá ligações à maçonaria – ascender ao cargo.” Não quero aqui abordar o caráter do candidato, nem a sua eventual pertença ou não à maçonaria, sendo uma e outras questões do seu foro íntimo e pessoal. Mas se – como este artigo do “I” implica – existem organizações secretas manipulando decisões do Parlamento, da casa nobre da Democracia e adulterando por via da influencia direta ou dos tráficos de influência a condução da República, isso, pelo contrário, não só já me diz respeito, como configura algo da maior gravidade, semelhante a uma conspiração anti-democrática e que revela a República como um feixe de interesses corporativos mais ou menos obscuros que não é compatível com a minha visão de Democracia nem com os objetivos de Abril.

          A influência da maçonaria não se limita, contudo, procurar influenciar a eleição ou promoção dos seus pares. Henrique Neto, antigo deputado socialista, admite ao “I” que “Há sempre uma quota de pessoas nas candidaturas que não se percebe o que estão ali a fazer, mas a gente sabe quem são” e acrescenta ainda aquilo que muitos sabem e que explica porque é que tantos gestores ineptos prosperam nas empresas e políticos incompetentes sobrevivem na Política. 

       Usando a sociedade secreta como trampolim social, estes maçons usam a instituição como se esta fosse uma “espécie de agência de emprego”, desfigurando os seus objetivos supostos e desprestigiando gravemente a credibilidade de um dos mais importantes pilares da nossa democracia: o Parlamento. 

          Outra antiga deputada (entretanto vassourada pelo aparelho socialista) refere a existência de um “mundo subterrâneo, muito poderoso e que não se assume à luz do dia” e que “Eu não compreendia algumas decisões e quando, em busca de alguma racionalidade, procurava alguma explicação, o que me diziam era: não te esqueças que ele é da maçonaria.”

          Obviamente, os representantes oficiais da maçonaria e a maioria dos políticos negam a influência da sociedade nas decisões democráticas e na escolha de pessoas para cargos políticos. Os indícios, contudo, apontam para uma direção oposta: apontam para um submundo secreto e egoísta que usa e abusa a República para fazer enriquecer os seus membros, saqueando os lugares públicos que deviam estar apenas ao alcance dos Melhores e não daqueles que por estarem aventalados se posicionam mais vantajosamente num saque à Coisa Pública que despreza a representatividade democrática e a transparência a favor do favorecimento do amiguismo e do escambo de favores e coçamentos de costas que explica muito do desnorte, incompetência e laxismos atuais da nossa democracia.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Arquitetura Maçônica

Arquitetura Maçônica
As mais belas reproduções de arte maçônica
Arquitetura Universal
Vicenzo, 1615

Capitel de Ordem Coríntia (detalhes)
- Chastillon, 1684

Capitel de Ordem Coríntia
- Rochefort, 1714
Capitéis de Ordem Coríntia
- Isaac, 1756

Ordem de Ordem Jônica
- Isaac, 1756


Capitéis de Ordem Jônicos de Michelangelo
– Augustin Charles D’Aviler, 1691

Construção de acordo com a Proporção Humana de
Diego de Sagredo, 1526

Coluna de Ordem Dórica – Chastillon, 1684


Coluna de Ordem Coríntia
- Diderot & d’Alembert, 1751-1777

 Coluna de Ordem Jônica
- Diderot & d’Alembert, 1751-1777

Bases de colunas – Diderot & d’Alembert, 1751-1777

 Pórticos – Arcadas
- Diderot & d’Alembert, 1751-1777

Pórtico de Ordem Dórico – Arcada
- Diderot & d’Alembert, 1751-1777

Pórtico de Ordem Jônico – Arcada
– Diderot & d’Alembert, 1751-1777

As colunas que decoram os Templos Maçônicos

Os Templos Maçônicos Modernos são decorados em seu interior por um série de variadas colunas  mas antes de descrevermos os tipos de cada uma vamos primeiro conceituar o que vem a ser uma coluna.

Uma coluna é um elemento arquitetônico destinado a receber as cargas verticais de uma obra de arquitetura (arco, arquitrave, abóbada) transmitindo-as à fundação.

Embora tenha a mesma função de um pilar, este é geralmente mais robusto e de secção quadrada, (o que poderia corresponder genericamente ao corpo da coluna).

A coluna costuma ser caracterizada por uma estrutura mais esbelta e esguia em prumo (tradicionalmente de secção cilíndrica podendo também ser poligonal) e que acarreta um significado histórico, decorativo e simbólico mais acentuado.

Os materiais de construção podem variar entre a pedra, alvenaria, madeira, metal ou mesmo tijolo atingindo-se uma grande variedade formal e decorativa que se pode observar desde a antiguidade.

A presença física das mesmas nos Templos Maçônicos variam conforme o rito ou a potência adotada pela Loja, mas de uma forma geral podemos apresentar os estilos mais usados na construção dessas colunas.

De estilo Grego: A Coluna Dórica, Jônica e a Coríntia;
De estilo Latino: A toscana;

De estilo Egípcio: A papiriforme com capitel em gomo florado;
A ordem dórica é a mais rústica das três ordens arquitetônicas gregas.

 Dentre suas características é possível citar as colunas desprovidas de base, capitel despojado, arquitrave lisa, friso com métopas e tríglifos, e mútulos sob o frontão.
 Coluna de Ordem Dórica


A Ordem Jônica é uma das ordens arquitetônicas clássicas. Suas colunas possuem capitéis ornamentados com duas volutas, altura nove vezes maior que seu diâmetro, arquitrave ornamentada com frisos e base simples.
Coluna de Ordem Jônica

A ordem coríntia é a mais ornamentada das três ordens arquitetônicas gregas. As colunas de ordem coríntia têm de 9 a 11 vezes a medida do diâmetro da base. Exemplos de templos de ordem coríntia são: Templo de Zeus (Atenas), Templo de Apolo (Olímpia). Foi tendência no final do século V a.C. e o início do século IV a.C.
Coluna de Ordem Coríntia

A ordem toscana é desenvolvida na época romana e trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna dispõe de base e apresentam sete módulos de altura, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples.
Coluna de Ordem Toscana

Em relação as colunas grega e a Latina toscana, a papiriforme é a que apresenta as diferenças mais gritantes, pois as colunas egípcias tiram em geral suas formas das palmeiras ou dos papiros com suas nervuras e seu movimento impetuoso para o alto(CHEVALIE, 2002).
Capitéis de Colunas em estilo Papiriforme

No R.’.E.’.A.’.A.’. por exemplo diz que em cada lado da entrada do templo, encostada na parede do Ocidente ficam duas colunas papiriformes, proporcionais a altura da porta, estando as mesmas situadas dentro do Templo.

As colunas em estilo grego encontram-se distribuídas no interior do templo. Nos templos em que se trabalha no R.’.E.’.A.’.A.’. as mesmas fazem-se presentes sobre as mesas do V.’.M.’., do 1ºVig.’. e do 2ºVig.’. sendo assim distribuídas: Na mesa do Venerável Mestre Fica uma coluneta em estilo Dórico, sendo que na mesa do 1º Vigilante fica uma coluna em estilo Jônico e na do 2º Vigilante uma em estilo Coríntio.

Por último a Coluna toscana talvez seja a menos utilizada na decoração de Templos Maçons, uma vez que a única referência encontrada sobre a mesma é no REAA praticado na GL em se diz que ao lado do sólio devem estar presentes duas colunas deste estilo, sendo uma a direita e a outra a esquerda.


Julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Oração Virtual


Querido Deus ...

Cada noite, quando eu estou aqui deitado em minha cama
esta pequena oração vem sempre na minha cabeça.

Senhor! Abençoe minha Mãe, meu Pai, minha Esposa e meus Filhos; e todas as outras famílias.

Proteja-os e livre-os dos perigos, para que eles fiquem sempre perto de mim, e Senhor, há mais uma coisa que eu desejo e que você pode fazer por mim, espero que não se importe com que vou pedir mas, abençoe meu computador também.

Eu sei que não é normal abençoar uma placa mãe mas ouça apenas um segundo para eu lhe explicar, 'Meu Senhor'.

Você vê? Essa pequena caixa de metal contém muito mais do que parece ter!

Dentro daqueles pequenos compartimentos existem muitos de meus amigos e irmãos. Eu sei muito sobre eles pela bondade e amizade que oferecem, e esta pequena sucata de metal me leva para o lugar onde eles vivem!!!

Por favor, tire um minuto extra de seus deveres e trabalhos para abençoar aqueles de minha lista de e-mails que está cheia de muito amor!

Onde quer que esteja que essa oração possa alcançar cada amigo, cada Irmão, abençoe, Senhor, cada e-mail que chega e a pessoa que o enviou.

Abençoe também a nossa Grande Loja Unida Sul Americana - GLUSA, que tanto tem aproximado Irmãos de todas as partes do Mundo.

E quando você atualizar essa lista divina que está em seu CD-ROM, lembre-se de cada um que eu mencionei nessa oração e que enviei à    Deus@Céu.com


Weber Varrasquim
2002

ANIVERSÁRIO DA LOJA.



                                                                                 A palavra aniversário é uma palavra latina que significa “aquilo que volta todos os anos” e os romanos tinham um verdadeiro respeito a esta celebração, usavam a expressão “dies sollemnis natalis” e os gregos adoradores da Deusa Ártemis lhe ofertavam bolos em forma de lua (aí está a explicação porque os bolos de aniversário serem redondos).

                                                                                 As velas foram incorporadas por outros povos que desejavam que a luz da chama espanta-se os maus espíritos e ilumina-se o aniversariante até a próxima comemoração, em algumas culturas acreditavam que a fumaça levaria para os céus os desejos do “dono do bolo”. Entendeu agora o simbolismo de fazer um pedido e assoprar as velinhas?

                                                                                  Alguns Irmãos acreditam que seja futilidade dedicar o tempo e fundos maçônicos para uma atividade teoricamente pagã. Depende do propósito! Não podemos confundir comemoração com celebração. Uma Loja Maçônica não comemora anos de fundação, ela celebra anos de trabalho. Comemorações lembram “festins”; vamos comer, beber e amanhã será outro dia sem termos acrescentado nada! Celebrar é compartilhar vitórias, é estar feliz pelo que já foi feito e alegre pelos projetos que se iniciam. A frase: “Levantamos Templos à Virtude e cavamos masmorras ao Vício!”, combina mais com comemorações ou celebrações?

                                                                                 As Oficinas devem com toda certeza celebrar seus cumpleaños, é o momento de resgatar a Missão da Loja e os propósitos dos Irmãos fundadores. É nesta oportunidade que agradecemos e reconhecemos (através de comendas e diplomas) os valores dos Obreiros e amigos da Sublime Ordem.

                                                                                 Também é uma oportunidade de interagir com a sociedade e colocar o corpo e o espírito nos degraus da Escada de Jacó que é a comunidade ao qual a Loja está inserida! A cada ciclo anual a Loja deve fazer um balanço, ver o que foi feito até ontem e hoje projetar o amanhã.

                                                                                 Um exemplo fantástico foi a celebração dos 20 anos de fundação da Loja Rio das VElhas, veja o que eles fizeram:

16:00 horas – Lançamento da Pedra Fundamental do novo Templo, que contará com Salão de Festas, espaço para Projetos Sociais e Restaurante Panorâmico. Ocasião em que toda a comunidade maçônica e não maçônica fizeram doações e assinaram o Livro de Ouro que foi depositado na Pedra Fundamental. A Sessão foi presidida pelo Grão Mestre e contou com a presença de várias autoridades maçônicas e profanas.

17:00 horas – Apresentação do pré-projeto da Construção do Templo Nobre da Maçonaria de Sabará.

17:30 horas – Lançamento do Tijolo Maçônico para a construção da obra.

19:00 horas – Missa solene celebrada pelo Monsenhor Padre José Cláudio, logo após, benção especial para a Família Maçônica. As leituras foram feitas pelo Grão Mestre Irmão Janir, pelo Eminente Grande Segundo Vigilante Irmão Tataco e pelo Delegado do Grão Mestre Irmão Milton de Assis.

24:00 horas – Sessão Solene comemorativa ao 20º aniversário da Loja no Teatro Municipal de Sabará. O horário foi este mesmo, afinal a Loja foi fundada neste mesmo local e horário, ocasionando um caso raro na história da Maçonaria. Em seguida, houve uma Caminhada Maçônica pelas bucólicas ruas da cidade de Sabará (que está comemorando 300 anos), até a Pousada Sepúlveda, onde prosseguiu as festividades comemorativas.

A vocês que demonstrarão coragem para fazerem história, eu trago a reflexão que o Irmão Araken Namorato disponibilizou na Loja Maçônica Presidente Roosevelt.

"Antes do compromisso há a hesitação, a oportunidade de recuar, uma ineficácia permanente.
 Em todo ato de iniciativa (e de criação), há uma verdade elementar cujo desconhecimento destrói muitas idéias e planos esplendidos. No momento em que nos comprometemos, de fato, a Providência também age.
Ocorre toda espécie de coisas para nos ajudar, coisas que de outro modo nunca ocorreriam.
Toda uma cadeia de eventos emana da decisão, fazendo vir em nosso favor todo tipo de encontros, de incidentes e de apoio material imprevistos, que ninguém poderia sonhar que surgiriam em seu caminho.
Começa tudo o que possas fazer ou que sonhas poder fazer.
A ousadia traz em si o gênio, o poder e a magia".

Irmão Goethe
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Grato pela atenção.
TFA
– QUIRINO –
ARLS Presidente Roosevelt – GLMMG
Julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Entre Colunas - O que é estar entre colunas?


I- INTRODUÇÃO

          O propósito do presente trabalho é delinear os direitos e obrigações do “Entre Colunas”, prática muito usada especialmente nas reuniões capitulares de uma das Ordens Básicas da Maçonaria, que foi a Ordem dos Cavaleiros Templários. Infelizmente, não mais tem sido ensinada e nem posta em práticas nas Lojas.

          O interior de uma loja Maçônica (Templo) é dividido em quatro partes, onde a mesma simboliza o Universo. Assim temos o Oriente, o Norte e o Sul.

          Em algum tempo na história, logo após a construção do primeiro templo Maçônico do mundo, o Freemasons Hall, em Londres, no ano de 1776, baseado inteiramente no parlamento Inglês, construído em 1296, estabeleceu-se que as áreas pertencentes ao Norte e ao Sul chamar-se-iam Coluna do Norte e Coluna do Sul.

          Assim, quando um Irmão, em Loja está Entre a Coluna do Norte e a do Sul, e não entre as Colunas B e J. Mesmo próximo à grade que separa o Oriente do resto da Loja, o Irmão estará Entre Colunas. Desta forma é extremamente incorreto dizer que o passo ritualístico dos maçons tem que começar entre as Colunas B e J.

          Tanto isso é verdade, que os Templos modernos, especialmente de Lojas de Jurisdição  da Grande Loja Unida Sul Americana, que tem as Colunas B e J junto a porta de entrada do templo pelo lado de dentro, já o Grande Oriente do Brasil de MG, têm suas Colunas B e J no Átrio, e não no interior do Templo.
         
          Em síntese, podemos apresentar algumas situações do que é “Estar Entre Colunas”:

• É conjunto de Obreiros que formam as Colunas do Norte e do Sul;

• Em sentido figurado, são os recursos físicos, financeiros morais e humanos, que mantêm uma instituição maçônica em pleno funcionamento;

• É quando a palavra está nas Colunas em discussão;

• É quando o Irmão, colocar-se ou postar-se entre as Colunas do Norte e do Sul, no centro do piso de mosaico onde isto evidencia que o Obreiro que assim o faz, é o Alvo de atenção de toda Oficina;

• Na circulação do Tronco de Beneficência, o Hospitaleiro aguarda Entre Colunas;

• Quando a Porta-Bandeira, com a Bandeira apoiada no ombro, entra no templo este por sua vez se põe Entre Colunas;

• Na apresentação de Trabalhos, o Irmão se apresentar  “Entre Colunas” durante o Tempo de Estudos, ou no Período de Instrução;

• No atraso do Irmão, o mesmo ao adentrar ao Templo ficará à Ordem e Entre Colunas, aguardando a ordem do Venerável Mestre para que tome posse do assento.

II – DESENVOLVIMENTO

          Em toda a Assembléia Maçônica, os irmãos poderão fazer uso da palavra em momento oportuno; caso queira obter a palavra estando “Entre Colunas”, poderá solicitá-la com antecedência ao Venerável Mestre, e obrigatoriamente levar ao seu reconhecimento o assunto a ser tratado.

          Sendo o Obreiro impedido de falar, ou sofra algum desrespeito a seus direitos, poderá solicitar ao Venerável Mestre que o conduza ”Entre Colunas”, e se autorizado pelo Venerável o mesmo poderá falar sem ser interrompido desde que haja um decoro de um Maçom.

          Se, para estar  Entre Colunas é necessária a autorização do Venerável Mestre, em contra partida, nenhum Irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente solicitado pela Loja, sob pena de punição.

          No entanto, as possibilidades do uso da Palavra Entre Colunas são muitas e constituem um dos melhores instrumentos dos Obreiros do Quadro, sendo uma das maiores fontes de direito, de liberdade e de garantia, tanto para os irmãos, quanto para a loja.

          Não há regulamentação; tal vez por isso, cada dia esse direito vem sendo eliminado dos trabalhos maçônicos.

          Atualmente um Irmão somente é solicitado a estar Entre Colunas, em situação de humilhação e situações tanto quanto degradantes e constrangedoras. Associou-se a idéia de responder Entre Colunas à idéia de punição, quando em realidade isso deveria ser diferente e muito melhor explorado, em beneficio do Quadro de Obreiros de todas as lojas.

          Estando Entre Colunas, um Irmão pode acusar, defender a sua ou outrem, pedir e julgar, assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da posição que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo que disser ou vier a fazer.

          A tradição maçônica é tão rigorosa no tange á liberdade de expressão, que quando um Irmão estiver em Pé e a Ordem e Entre Colunas, para externar sua opinião ou defender-se, não pode ser interrompido, exceto se tiver sua palavra cassada pelo Venerável Mestre, ato este conferido ao mesmo.

          Estando Entre Colunas, o Irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta, por mais íntima que seja e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos, pois desta forma o Irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve ser julgado não importando os motivos que o levaram a tal atitudes.

          Por motivos pessoais, um maçom pode se negar a responder a quem quer seja, aquilo que não lhe convier, mas se a indagação for feita Entre Colunas, nenhuma razão justificará qualquer resposta infiel.

          Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas Entre Colunas injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão sem que haja razão lícita e necessária, por perseguição ou com intuito de ofender, agravar ou humilhar desnecessariamente.

          Quando um irmão está Entre Colunas e indaga os demais Irmãos sobre qualquer questão, de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta e nenhuma razão justificará que seja mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder.

          Uma aplicação prática do Entre Colunas pode ser referentes  a assuntos de fora do mundo maçônico. É lícito e muito útil pedir informações Entre Colunas, sejam sociais, morais, comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou Profano, desde que haja razões válidas para tal fim. Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a declarar, sob pena de infração ás leis Maçônicas.

          O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas, porém deve guardar o mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e jamais poderá, com as informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos informantes ou a própria Loja. Se não agir dessa forma será infrator das Leis Maçônicas Universais.

          Suponhamos que um Irmão tenha algum negócio a realizar em outra cidade  e necessita informações, mesmo comerciais, sobre alguma pessoa ou firma. A ele é lícito indagar essas informações Entre Colunas e todos os demais Irmãos, se souberem de algo a respeito, são obrigados a darem respostas ao solicitante.

          Outro meio Lícito e útil de se obter informações é através de uma prancha, endereçada a uma determinada Loja, para se lidar Entre Colunas.

          Neste caso, a Loja é obrigada a responder, guardar o mais profundo silêncio sobre o assunto, cabendo  a ela todos os direitos, obrigações e cabendo todos os direitos, obrigações e responsabilidades ao solicitador, que deverá guardar segredo sobre tudo o que lhe foi respondido e a fonte de informações.

III – CONCLUSÃO

          Muitas são acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de Estar entre Colunas, porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores embasado pelos Princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e pelo aperfeiçoamento da sociedade através do trabalho e do estudo, para com isso perfazer-se um homem livre e de bons Costumes.

          Como dissemos no início, não há mais regulamentação ou Leis Normativas para o uso do Entre Colunas; e se não há normas que sejam encontradas nos livros maçônicos, é porque pura e simplesmente os princípios da condição de  “Estar  Entre  Colunas”, é de que somente a verdade pode ser dita. Obedecido este princípios tudo mais é decorrência.

          Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no bojo dos ministérios que regem as Colunas da Maçonaria, pois Estar entre Coluna é estar entre Irmãos.

BIBLIOGRAFIA
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. Londrina: “ A TROLHA.
CARVALHO, Assis. Companheiro Maçom. Londrina ”A TROLHA”.
Símbolos Maçônicos e suas origens. Londrina: “A TROLHA”.
CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom.
EGITO, José Laércio do. In Coletânea 2. Londrina: “ A TROLHA”.
PUSCH, Jaime. A B C do aprendiz.
Colaboração e Pesquisa: Weber Varrasquim “GLUSA”.

Julho de 2011