quinta-feira, 18 de julho de 2013

PADRES QUE FORAM MAÇONS


Padres-Maçons Brasileiros, lista que aqui transcrevemos para perpetuação da memória dos que se não julgaram indignos com os vilipendios que ainda hoje lhe são atirados;

Bispo Azeredo Coutinho 33.`. (Escritor português prelado de Pernambuco.)
Bispo Conde de Irajá 33.`. (Sagrador, coroador e celebrante do casamento de Dom Pedro II.)
Conego Dr. João Carlos Monteiro 3.`.
Conego Francisco L. de Brito Medeiros Campos 3.`.
Conego Ismael de Senna Ribeiro Nery 18.`.
Frei Antonio do Monte Carmelo 18.`.
Frei Candido de Santa Isabel Cunha 18.`.
Frei Carlos das Mercês Michelli 7.`.
Frei Francisco de Monte Alverne 33.`. (Maior pregador do século XIX.)
Frei Francisco de Santa Thereza Sampaio 7.`. (Grande polemista)
Frei Francisco de São Carlos 33.`.
Frei Joaquim do Amor Divino Caneca 7.`.
Frei Norberto da Purificação Paiva 33.`.
Monsenhor Pinto de Campos .`. (Escritor pernambucano.)
Padre Albino de Carvalho Lessa 3.`.
Padre Antonio Alvares Guedes Vaz 18.`.
Padre Antonio Arêas 3.`.
Padre Antonio da Immaculada Conceição 3.`.
Padre Antonio João Lessa 7.`.
Padre Auliciano Pereira de Lyra 33.`.
Padre Bartholomeu da Rocha Fagundes 30.`.
Padre Candido Ferreira da Cunha 33.`. ( 1º Presidente da Constituinte do Brasil.)
Padre Diogo Feijó 33.`. ( Regente do Brasil, na menoridade de D. Pedro II.)
Padre Ernesto Ferreira da Cunha 17.`.
Padre Francisco João de Arruda 3.`.
Padre Francisco José de Azevedo 18.`. (Inventor da primeira maquina de escrever.)
Padre Francisco Marcondes do Amaral 3.`.
Padre Francisco Peixoto Levante 15.`.
Padre Guilherme Cypriano Ribeiro 3.`.
Padre Januário da Cunha Barbosa 7.`. ( Orador sacro, fundador do Instituto Histórico Brasileiro. )
Padre João da Costa Pereira 3.`.
Padre João José Rodrigues de Carvalho Celeste 7.`.
Padre Joaquim Ferreira da Cruz Belmonte 33.`.
Padre José Capistrano de Mendonça 30.`.
Padre José da Silva Figueiredo Caramurú 32.`.
Padre José Luiz Gomes de Menezes 33.`.
Padre José Roberto da Silva 3.`.
Padre José Sebastião Moreira Maia 3.`.
Padre Lourenço de Albuquerque Loyola 3.´.
Padre Manoel Cavalcante de Assis Bezerra de Menezes 3.´.
Padre Manoel Telles Ferreira Pita 7.´.
Padre Paulo de Maia 3.´.
Padre Thomaz dos Santos Mariano Marques 3.´.
Padre Torquato Antonio de Souza 3.´.
Padre Vicente Ferreira Alves do Rosário 33.´.
Vigário Eutychio Pereira da Costa 33.´. ( Deleg. do Grão Mestre no Pará em 1.877 - Bol G.O.B. 1.918 pág. 1.123.)

Padre Eutíquio Pereira da Rocha era SACERDOTE, POLÍTICO E MAÇOM, lutou contra os dogmas que discordava e morreu impenitente para não renunciar à Maçonaria.
Garantimos a autenticidade dos presentes nomes, pois se acham registrados na Grande Secretaria Geral da Ordem no Rio de Janeiro - Do Popular Victoria, de 16 de Maio de 1.908.

Padre Vicente Gaudinieri ( Iniciado na Loja Modestia nº 0214, em Morretes, transferido para Palmeira-PR, onde, por coincidência em 1º/02/1.898 foi fundada a Loja Conceição Palmeirense, a qual mais tarde, mudou o nome para Loja Moria. Participou como fundador da Loja Luz Invisível, está registrado no Livro de Obreiros nº 1, na página nº 23.)
Padre Guilherme Dias ( A Loja Luz Invisível nº 33 - Curitiba, possue correspondência deste irmão, quando passou a residir na cidade de Ponta Grossa.)
Bispo Claudio, nome de batismo: Claudemir Pereira do Nascimento ( Dom Claudio de Deus ) - Iiniciado em 15/05/1975, na ARLS BEITH-EL nº 1.788, subordinada ao Gr.·. Or.·. SP, posteriormente por solicitação do Grão Mestre, filiou-se na ARLS RETIDAO E PRUDENCIA nº 2.143, onde ocupou diversos cargos, inclusive o de V.·.M.·.. Em 1996, recebeu o Grau 33. Foi condecorado com o título de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa, o qual recebeu em Barcelona, Espanha através do Grande Prior de Portugal.
 - Continua ativo na ARLS JEAN BAPTISTE WILLERMOZ 626, juridicionada a GLSP, onde, tambem exerceu o cargo de V.·.M.·.. Filiado à ARLS VALE DO NILO n° 23 - em Japeri, Estado do Rio de Janeiro, sob auspícios da GLMERJ em 15 de dezembro de 2.010. Membro ativo do Corpo Filosófico OLIDIO SAMPAIO COELHO, em Japeri, RJ.

Pesquisa realizada por: Hiran Luiz Zoccoli

Maio de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O VELÓRIO NO ÁTRIO


Determinada Loja Maçônica estava em uma situação muito difícil, era uma fase realmente crítica. Suas reuniões não traziam nada de novo e até as tradições estavam se perdendo. Era sempre a mesma coisa, ou seja, ar pesado e poluído, a energia sempre negativa, os Obreiros apáticos e desmotivados, bem como a descrença em possíveis soluções imperava e os balanços financeiros, um horror, não saíam do vermelho.

A bem da verdade, tanto a sua Administração como as contas retratavam muito bem alguns países do Terceiro Mundo. Era uma verdadeira calamidade, levando a muitos valorosos Irmãos se afastarem assustados e, ao mesmo tempo, tristes por não poderem contribuir para a solução dos problemas existentes, até porque nem sequer eram ouvidos.

Efetivamente, esta situação não podia mais continuar como estava. Era preciso fazer alguma coisa para reverter o caos ali instalado. Todavia, nenhum Irmão estava disposto a reagir contra aquele estado de coisas; não  queria assumir sua parcela de culpa, muito menos oferecer soluções viáveis, mas que poderia melindrar alguns Irmãos que insistiam em não buscar soluções.

Desta forma, a maioria dos Obreiros apenas reclamava e dizia que tudo estava ruim, não havendo qualquer perspectiva para melhorar o astral ou a harmonia da Loja e, consequentemente, o progresso maçônico dos Irmãos ficava cada vez mais distante de ser alcançado.

Acontece que, para uns poucos e valorosos Obreiros, nem tudo estava perdido. Todavia, era necessário abrir o coração e deixar a Luz do Amor Divino entrar e nele fazer sua morada. Acreditavam que a Administração da Loja, ou mesmo qualquer Irmão do Quadro, que fosse mais habilidoso e equilibrado, deveria tomar a iniciativa no sentido de reverter todo processo de Decadência Fraternal, Espiritual e até mesmo Material, que abateu sobre os Irmãos e, consequentemente, vinha contribuindo para o afastamento de grande parte dos membros da Loja.

É também verdade que muitos deles, talvez inconscientemente, estivessem esquecendo os verdadeiros princípios maçônicos, nos quais se assenta a Maçonaria, tais como: prevalência do espírito sobre a matéria, a busca do aperfeiçoamento moral e ético, a prática da fraternidade, a tolerância, a solidariedade e tantos outros importantes à virtude do Maçom.

Contudo, a grande surpresa estava para chegar e com ela, o desejo de alcançar novos progressos. O fato é que, certo dia, quando os Obreiros chegaram para o "trabalho", encontraram na Sala dos Passos Perdidos, um imenso cartaz, todo colorido e chamativo no qual estava escrito um comunicado, redigido da seguinte forma:
"Acabou de passar para o Oriente Eterno, o Irmão que impedia a evolução e o progresso da Loja, bem como o crescimento de todos os Obreiros. Ele foi atingido por um grande mal, ou seja, pelo seu próprio veneno, mas nem por isso deixou de ser considerado um Irmão. Agora você está convidado a prestar a sua última homenagem àquele que na sua ascensão maçônica não passou da Pedra Bruta; permaneceu nela até a sua passagem para o Oriente Eterno".

Todos se mostraram muito tristes por causa do falecimento de um Irmão Fraternal. Após algum tempo, já refeitos do choque inicial, os Irmãos ficaram ansiosos e impacientes para descobrirem quem era o Obreiro que há muito tempo vinha impedindo que o equilíbrio e a harmonia fossem alcançados na Loja. A especulação também esteve presente e até o mais sereno de todos os Irmãos perguntaria:
"Quem será o dito cujo?
Era um Irmão antigo ou novo?".

A agitação e a curiosidade eram demais no recinto, gerando até certa confusão, uma vez que todos queriam entrar ao mesmo tempo para ver o defunto. Foi preciso que alguns Irmãos mais sensatos interviessem para organizar uma pequena fila à entrada do Átrio, onde estava sendo feito o velório. Assim, conforme os Irmãos iam se aproximando da Urna Funerária, a excitação aumentava cada vez mais.
Registra-se que o momento mais constrangedor do velório ocorreu quando um ilustre Irmão do quadro, muito exaltado, talvez tomado pela emoção, interrogava de forma contundente:
"Quem seria o Irmão que estava atravancando o meu progresso maçônico?
Quem foi esse infeliz?
Ainda bem que a Justiça Divina foi feita e agora vamos poder progredir.".

Foi nesse clima que, um – a – um, os Obreiros aproximaram-se da urna, olhavam o "morto" através do visor e em seguida, geralmente pálido, engoliam em seco e se afastavam. Após essa dura realidade, os Irmãos ficavam no mais profundo e absoluto silêncio, dando a impressão de que o mais fundo de suas almas fora atingido e marcado para sempre.

Na verdade não havia ninguém no caixão, mas o visor da urna funerária era que um Espelho refletindo a imagem de cada irmão que se debruçava para olhar o morto.
Meus prezados Irmãos, certamente, depois dessa trágica narrativa, todos vocês já perceberam que, o Visor da Urna refletia a mais pura e verdadeira imagem daquele que vinha emperrando, mesmo que inconscientemente, o tão necessário e desejado progresso maçônico.

Bem, vocês já perceberam também que só existe uma pessoa capaz de limitar nossa evolução e nosso crescimento, seja maçônico ou profano, seja interior ou exterior. Essa pessoa, em verdade, é você mesmo.

Na verdade, a única pessoa que realmente pode fazer a revolução de sua vida pessoal, material e espiritual ou mesmo prejudicar a sua própria evolução é você mesmo.

Você é a única pessoa que pode se autoajudar. Até porque é dentro do seu coração ou no mais profundo do seu subconsciente que você vai encontrar força e energia necessárias para se transformar no artesão da sua própria vida, seja ela maçônica ou profana.

Além do mais, o Irmão que desejar construir um verdadeiro Templo deve visitar a si mesmo, no mais profundo do seu ser e, aí então, executar um trabalho oculto e misterioso.

Tal como a boa semente que deve ser plantada no seio da Terra para que seja possível colher os melhores grãos ou frutos. Da mesma forma, quem ouve o chamado da sua consciência ou do G.:A.:D.:U.:, liga o seu canal e fica sintonizado com Ele e, certamente obterá a mais sublime transformação, ou seja, poderá encontrar a Pedra Filosofal que está oculta em seu próprio interior, e que lhe possibilitará fazer do carvão o diamante mais brilhante, do chumbo o puro ouro, da escuridão a luz mais reluzente e, por que não dizer, do ódio o amor.

Esta crônica se destina à nossa reflexão e qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Contudo, cabe ressaltar que o momento é propício ao cultivo de bons hábitos...


AILDO CAROLINO

Junho de 2013