( enquanto os Maçons atuam em Portugal, aqui ficamos disputando aventais e falando da mesma balela de sempre, regularidade e reconhecimento)
A maçonaria atual fortemente no meio político em Portugal, provocando a ira e textos de claríssimo ciumes entre os políticos não maçons, iguais a este abaixo:
Recentemente, a propósito da eleição do Presidente da Assembleia da República vieram a lume algumas notícias que davam conta da tentativa de influenciar o resultado dessas eleições recorrendo ao chamado “factor maçónico”.
O tema é incómodo para muitos políticos – fora e dentro do Parlamento – mas altamente relevante para a qualidade da nossa democracia já que existem indícios muito fortes de que muitas decisões parlamentares cumprem outras agendas além das parlamentares, políticas ou nacionais, servindo esta sociedade secreta como alavanca para a promoção política dos seus associados à revelia daquela que devia ser a única razão da sua presença entre as bancadas parlamentares: a representação daqueles que os elegeram.
Segundo o Jornal “I”, nesta eleição para a presidência da Assembleia, “vários maçons terão entrado em acção para conseguir os votos que faltavam para o ex-candidato à presidência da República – que terá ligações à maçonaria – ascender ao cargo.” Não quero aqui abordar o caráter do candidato, nem a sua eventual pertença ou não à maçonaria, sendo uma e outras questões do seu foro íntimo e pessoal. Mas se – como este artigo do “I” implica – existem organizações secretas manipulando decisões do Parlamento, da casa nobre da Democracia e adulterando por via da influencia direta ou dos tráficos de influência a condução da República, isso, pelo contrário, não só já me diz respeito, como configura algo da maior gravidade, semelhante a uma conspiração anti-democrática e que revela a República como um feixe de interesses corporativos mais ou menos obscuros que não é compatível com a minha visão de Democracia nem com os objetivos de Abril.
A influência da maçonaria não se limita, contudo, procurar influenciar a eleição ou promoção dos seus pares. Henrique Neto, antigo deputado socialista, admite ao “I” que “Há sempre uma quota de pessoas nas candidaturas que não se percebe o que estão ali a fazer, mas a gente sabe quem são” e acrescenta ainda aquilo que muitos sabem e que explica porque é que tantos gestores ineptos prosperam nas empresas e políticos incompetentes sobrevivem na Política.
Usando a sociedade secreta como trampolim social, estes maçons usam a instituição como se esta fosse uma “espécie de agência de emprego”, desfigurando os seus objetivos supostos e desprestigiando gravemente a credibilidade de um dos mais importantes pilares da nossa democracia: o Parlamento.
Outra antiga deputada (entretanto vassourada pelo aparelho socialista) refere a existência de um “mundo subterrâneo, muito poderoso e que não se assume à luz do dia” e que “Eu não compreendia algumas decisões e quando, em busca de alguma racionalidade, procurava alguma explicação, o que me diziam era: não te esqueças que ele é da maçonaria.”
Obviamente, os representantes oficiais da maçonaria e a maioria dos políticos negam a influência da sociedade nas decisões democráticas e na escolha de pessoas para cargos políticos. Os indícios, contudo, apontam para uma direção oposta: apontam para um submundo secreto e egoísta que usa e abusa a República para fazer enriquecer os seus membros, saqueando os lugares públicos que deviam estar apenas ao alcance dos Melhores e não daqueles que por estarem aventalados se posicionam mais vantajosamente num saque à Coisa Pública que despreza a representatividade democrática e a transparência a favor do favorecimento do amiguismo e do escambo de favores e coçamentos de costas que explica muito do desnorte, incompetência e laxismos atuais da nossa democracia.
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