OS PEREGRINOS DE AVATAR
Autor Ir.·. M.·. M.·. Edson Ristow
Orad.·. da A.·.R.·.L.·.S.·. Guardiões da
Fraternidade nº 47 – GLUSA
I
Quem são
estes homens,
Que de preto
se apresentam,
Olhos no
horizonte,
Um pé no
passado numa busca deslizante
Para o
futuro talhar,
Como
proposta de fonte.
II
Vão passando
com apetrechos carregados,
Em séculos
construindo
Pavimentos
de certeza,
Afastando a
ignorância
E vícios
implantados,
Para a
virtude preservar
Em campos
até então desterrados.
III
Perseguidos
ou ignorados,
Em
compasso vão mantendo
Num
esquadro exemplar,
Sem
nunca permitir ou até mesmo aceitar,
Que
a visão possa finalmente se lhes turvar.
IV
Homens
novos ou mais velhos
Nesse
Mar de Bronze vão,
É
a busca pelo Zen
Ou
a chave de Hirão.
V
Oh
meu deus, de Salomão para o Hirão,
Como
assim é muito bom
Viverem
unidos os irmãos,
Meditava
o Mestre só
Aos
pés do Monte Sião.
VI
Quem
são estes homens,
Que
de preto se apresentam,
Como
se Cavaleiros do tempo fossem,
E
protegendo seus irmãos dos Profanos então pudessem,
E
para o bem da Irmandade,
Em
coluna fortalecem
Por
espírito, muito mais os que padecem.
VII
Assim
como é em cima
Também
o é embaixo,
Negativo
e positivo traduzindo uma realidade,
Enquanto
um nível lhes mantém,
Em
pendulo de vontade.
VIII
A
concórdia lhes transcende
Neste
constante processo Avatar,
Tendo
firme por propósito
A
ideia de a humanidade melhorar.
IX
Quem
são estes homens
De
coração puro e pensamentos livres,
Que
não se curvam ao Senhorio
Nem
aos profetas de plantão,
Pois
carregam no peito um segredo no coração.
X
Quanta
dor já suportaram,
Quantas
alegrias distribuíram,
Muitas
verdades já ensinaram
E
muita torpeza suprimiram.
XI
Estes
homens, em sublime ordem,
Na
senda até o Setentrião,
Apresentam
como proposta,
De
irmão para irmão
A
Cadeia de União.
XII
Nada
querem nesta vida
Para
si ou para os seus,
Exceto
a glória do Arquiteto, Osíris ou Orfeu,
E
mesmo que isto custe brevidade no viver,
Como
o Mestre sempre querem perecer.
XIII
Da
Potência ao longe vão,
Do
Oriente buscam a Luz,
Do
Ocidente para o Meio,
Dextrogiro
em passo estão
Ao
encontro de Temuz.
XIV
São
terríveis os tiranos,
Mesmo
em pleno Vale da Luz,
Mas
nada detém estes homens,
Que
como forma de proteção,
Invocam
quando necessária as divisas de Salomão.
XVI
Quem
são estes homens,
Que
de preto se apresentam,
Mesmo
diante de Adhonai,
Com
o templo a lhes cobrir
Os
desejos de Sinai.
XVII
São
livres e de bons costumes,
Repetem
com constância,
E
nesse ritmo vão formando
Com
inteligente ressonância
Base
boa para a vida
Tal
qual ocorria na infância.
XVIII
Do
primitivo para o medievo
Em
estudos sempre estiveram,
Procurando
entender
Os
mistérios do divino,
E
na gnose obter
A
pureza de menino.
XIX
Por
isso se pergunta,
Quem
são estes homens,
Que
de preto se apresentam
Sob
a Abóboda Celeste,
E
em postura de humildade esperam,
Receber
do Grande Arquiteto
O
ideário do Universo.
XX
Estes
homens nada temem,
E
covarde ainda não se viu
Na
clausura da masmorra,
Pouco
importando a prova sutil,
Pois
afinal, são os homens de São João,
O
grande Padroeiro do Maçom.
24-06-2015
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