(DO PÚLPITO DA
VIRTUDE DA GLUSA)
Hoje é dia 11 de
maio de 2013, não é o dia das mães. Amanhã será dia 12 de maio de 2013, aí sim,
é o dia das mães. Das datas comemorativas da humanidade, penso que esta, em
homenagem às mães é a mais justa e perfeita que existe.
Tão justa e tão
perfeita que até a maçonaria homenageia as mães nessa data com uma sessão magna
publica, onde oralmente se realça o significado maçônico de mãe. Para começar,
a instituição dos homens livres e de bons costumes hermeticamente fechada nas
suas práticas consistentes em desvendar os mistérios que ela mesma elabora, por
inspiração do Grande Arquiteto do Universo – GADU.
Para acessar o
silêncio desses estudos faz-se necessário uma filiação através da iniciação. O
próprio ato de filiação, que é adotar filhos ou filhos que se tornam adotados
pela instituição, já significa que a maçonaria é mãe, o que lhe autoriza, não
só a falar sobre ser mãe, como também permitir que os seus filhos, os maçons,
homenageiem as mães.
Mais ainda tem a
maçonaria a qualidade e possibilidade de homenagear as mães, porque a maçonaria
é fenomenal nesse prisma: é mãe e é viúva. Assim todos os seus filhos, os
maçons, são filhos da viúva.
Não posso adentrar
mais nesse particular, porque aí já estaria adentrando à parte secreta da
maçonaria e isso me tornaria perjuro, o que não sou, nem quero ser. Todavia, se
não posso falar do que contém a maçonaria, que para mim não tem mais nenhum
segredo, tendo em vista que atingi o seu último degrau, melhor dizendo o seu
último grau, o 33 e tudo o que lá contém me foi revelado e tenho o dever de
manter o segredo, posso falar do que me resultou, do que me foi acrescentado
por ser maçom e estudado maçonaria, notadamente, nesta oportunidade, sobre o
que significa mãe, para a maçonaria.
É necessário que eu
me reporte ao fato de que a maçonaria não é uma religião e nem segue qualquer
doutrina religiosa, sendo uma instituição totalmente independente
ideologicamente. Assim, dito isto, sustento que a palavra mãe é estudada pela
maçonaria porque não é uma palavra vulgar, embora seja comum.
É cheia de mistério
e mistério é o “prato do dia” da maçonaria. Não há no mundo nenhuma instituição
que se dedique tanto a desvendar mistérios quanto a maçonaria e vem daí que a
palavra mãe, já carrega no fato de ser mãe a própria palavra e o seu
significado se expande daí, do fenômeno, ou seja, a partir do parto, já surge a
palavra mãe.
Mas o significado
de mão se expande daí, porque ser mãe não se limita ao ato de parir. Ser mãe é
muito além. Poder-se-ia dizer “muito mais”, mas não é. Na verdade é “mais
além,” mesmo, porque significado é expansão e não quantidade.
Desta forma podemos
ver porque a maçonaria considera ser mãe como uma sintonia, ou seja, um Ser que
é a parturiente e outro Ser, que é o nascituro. Ao nascer, surge o filho, ao
mesmo tempo a mãe. E é assim que a maçonaria vê a mãe como a sintonia com o
nascer, que é a filiação.
E faz do ato
verdadeiro comparação com o ato simbólico, quando o neófito ouve que “É
transitória a glória do mundo” – “Sic transit gloria mundi”, e percebe o
desvendar do primeiro grande mistério da maçonaria, onde Deus, que é impessoal,
deixa de ser uma simples divindade dos profanos para ser o Grande Arquiteto do
Universo e, então, a compreensão que antes era bem pequena e colocava a mãe na
simples figura da mulher que amamenta o filho com o seu leite, para a figura da
mãe que foge da Galiléia para o Egito, para salvar, não só o filho, mas aquele
a quem chamavam e chamam “O salvador” e passa a ser, de uma simples mulher, uma
santa, no misterioso parto de Deus, na pessoa de Jesus Cristo, esse mesmo Jesus
que um dia lhe proferiu palavras misteriosas que lhe pareciam questionar a
maternidade: “ Quem é minha mãe? Quem são
meus irmãos? - “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e
minha mãe”.
É assim que a
maçonaria examina a palavra mãe. Procurando entender todo o seu mistério, todo
o seu significado, toda a sua beleza. Creio mesmo que extensão desse nome,
dessa palavra mãe, só não pegou de surpresa a Jesus que também foi filiado,
misteriosamente filiado de si mesmo, pois, sendo Deus, passou a ser filho de
Deus, ao mesmo tempo que filho do Espírito Santo, para os que aceitam a
doutrina da Santíssima Trindade.
Nesse exame que
isento de qualquer influência religiosa, a maçonaria vê além da letra, além da
crença e, em silêncio, ouve ecoar através dos séculos as palavras que vieram da
mesma boca: "Mulher, eis aí o teu
filho Filho, eis aí tua mãe!"
Ditas estas
palavras, já não fica tão difícil entender que há mistério na maternidade, como
há mistério na filiação.
Estas palavras são
minha homenagem a todas as mães, indistintamente, seja lá quem forem.
Particularmente
ofereço este trabalho à maçonaria que devia ter sido pronunciado no púlpito da
GLUSA, na Sessão Magna Pública em Homenagem ao Dia das Mães, no dia 10.5.2013,
mas não o foi, por motivos de força maior, ficando aqui, no desfilar das
mensagens do FACEBOOK, a minha humilde, mas sincera, homenagem ao dia das mães
e à maçonaria expressada na potência GLUSA – GRANDE LOJA UNIDA SUL AMERICANA, a
maçonaria também é mãe, a quem sou filiado.
Nabor Pereira.
11.5.2013
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