quinta-feira, 16 de agosto de 2012

BATIDA DO MALHETE



Saudações estimado Irmão,
é preciso que haja harmonia na

BATIDA DO MALHETE

Concentramos nossa atenção em conhecer os símbolos maçônicos, suas formas, origens, instruções intrínsecas e acabamos deixando de lado o estudo funcional. O objeto não é apenas como uma forma concreta de representar um ensinamento. Se o objeto existe, ele tem uma MISSÃO e uma FUNÇÃO.

A missão do Malhete é mostrar aos presentes as sessões, quem são as Luzes da Loja. Assim como as Colunetas, só pode haver três malhetes em cada Loja (pode haver outros maços/malhos, mas não malhetes).

Todos os livros maçônicos ensinam que o “malhete, é um pequeno martelo de duas cabeças, de madeira dura, sendo símbolo de poder, autoridade, mas também simboliza a vontade e a força do trabalho e da lógica”.

 No mundo profano, a maioria dos martelos que você conhece, tem quantas cabeças? Quando o martelo tem “dois lados”, normalmente não são para duas funções diferentes? Não é muito comum ter um lado para enfiar o prego e outro para tirá-lo? Quando os dois lados são para bater, não costuma haver diferenças entre as cabeças?

 Um importante símbolo da Maçonaria e dos Altos Graus é a águia de duas cabeças, esta ave também é símbolo do poder, do “ver mais alto”, mas nesta condição (bicéfala) também nos remete a aprender a olhar para os dois lados, ter mais do que “uma visão” sobre um tema.

O malhete ultrapassa o símbolo do poder investido nas Luzes da Oficina, ele é um instrumento que alerta os mandatários quando de suas decisões. Não podemos confundir martelo com marreta! O martelo/malhete é para edificar, a marreta é para quebrar.

 Portanto a função do malhete é construir. Sua ação deve ter apenas três propósitos: O primeiro é uma BATIDA FIRME, que serve para chamar a atenção dos Irmãos quando os trabalhos são iniciados, continuados ou encerrados justos e perfeitos.

 O segundo é uma BATIDA FORTE que tem como propósito alertar os Irmãos sobre uma conduta inadequada, seja as conversas paralelas ou a manifestação inadequada de um Obreiro.

O terceiro, sãos as BATIDAS HARMONICAS do Grau que estamos trabalhando. É de suma importância que compreendamos que a quantidade, a intensidade e o tempo entre as batidas devem ter o propósito de harmonizar a Oficina e os Irmãos. Não há a menor explicação para rompantes de batidas que parecem que vão desmontar as mesas das Luzes.

Nosso ambiente de trabalho é purificado pela chama das velas, pelo aroma dos incensos e pelos acordes musicais. A batida correta, seqüencial e harmônica, acaba por acertar as pequenas arrestas vibracionais contrarias ao bom andamento dos trabalhos.

 VENERÁVEIS E VIGILANTES ATENTEM A RESPONSABILIDADE DE NÃO QUEBRAREM A EGRÉGORA FORMADA PELOS QUE ESTÃO DE PÉ E A ORDEM.

 Batida não é pancada. A intenção é produzir uma vibração de percussão usando o malhete como instrumento de impacto.  As ondas sonoras, são forças sutis que a medida de se propagam vão anulando outras ondas fragmentadas e não correspondentes a motivação que faz estarem juntos os Irmãos.

Observem em outras sociedades o momento em que um sino é tocado ou um tambor batido. O Venerável Mestre deve produzir uma variação de pressão do ar capaz de sensibilizar o ouvido humano, excitando os nervos auditivos e causando-nos uma boa sensação.

Os Vigilantes atentos a maneira e intensidade com que o som foi produzido no Oriente PELO Venerável Mestre devem se esforçar em repeti-lo igualmente no Norte e no Sul.
A batida do malhete pelos vigilantes devem ser em igual intensidade, velocidade ao do Venerável Mestre.

Nada na Maçonaria se faz que não tenha um propósito maior.

POR QUE DEVEMOS ESTUDAR MAIS? Às vezes há coisas que não compreendemos ou mesmo aspectos que alguns qualificam como desnecessárias ou até mesmo extravagantes, mas na peça "Hamlet", de William Shakespeare (Ato I, cena V) encontramos um motivo para nos dedicar mais aos estudos maçônicos:

Após falar com o fantasma do pai, Hamlet pede que os amigos jurem que não contarão a ninguém o que viram. Horácio é um dos amigos.

Hamlet : "Recebamo-lo então como a estrangeiro. Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que pode sonhar tua vã filosofia. Jurai de novo, assim Deus vos ajude, por mais que eu me apresente sob um aspecto extravagante(...)"

TFA
Sérgio Quirino Guimarães

Agosto de 2012

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