segunda-feira, 8 de dezembro de 2025




AHIMAN REZON



 

Ahiman Rezon foi o nome dado por Laurence Dermott para a Constituição da Ancient Grand Lodge of England.

 Várias Grandes Lojas que seguiam a vertente dos “Antigos” adotaram o mesmo nome para suas Constituições, como as Grandes Lojas da Pensilvânia, Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

 Mas, afinal, o que significa Ahiman Rezon?

 Conforme Albert Mackey, significa “A Vontade dos Irmãos Selecionados”.

 A Grande Loja da Virgínia, com base na obra de Mackey, Lexicon of Freemasonry, adotou o significado “Lei dos Irmãos Preparados”.

 A Grande Loja da Carolina do Sul, interpretou como “Segredos de um Irmão Preparado”.

Já a Geórgia entendeu como sendo “Construtor Real”.

 Em 1825, a famosa Grande Loja da Pensilvânia registrou em sua revisão: O Livro das Constituições é geralmente denominado Ahiman Rezon.

 A tradução literal de Ahiman é “um irmão preparado”, e Rezon é “secreto”, então Ahiman Rezon literalmente significa “os segredos de um irmão preparado”.

 Entre tantas opiniões, talvez seja prudente considerar a intenção do próprio autor que adotou o termo, o polêmico Dermott!

 No prefácio de sua Ahiman Rezon, Dermott escreveu que um dia teve um sonho em que ele conversava com quatro homens de Jerusalém.

 Um dos homens, chamado Ahiman, disse a ele que ninguém tinha escrito nem poderia escrever uma história sobre a Maçonaria como a que Dermott se propôs a fazer.

 A Bíblia de Genebra de 1560 explica que Ahiman significa “um irmão preparado” ou “irmão da mão direita”, e Rezon significa “um secretário”.

 Considerando as citações que Dermott fez da Bíblia de Genebra, pode-se supor que sua intenção para Ahiman Rezon era “irmão secretário preparado” ou “irmão secretário da mão direita”.

 Dermott foi Grande Secretário da Grande Loja dos Antigos por quase 20 anos, de 1752 a 1771, tendo sido o grande responsável pelo sucesso da Obediência.

 Era conhecido por ser criativo e ríspido, e ridicularizou as leis e a história lendária da Maçonaria criada por James Anderson, além das modernizações promovidas pelos “Modernos”.

 Dermott ainda lançou e divulgou a ideia de que os maçons “antigos” sabiam tudo que os “modernos” sabiam, mas não o contrário, pois a Maçonaria dos “antigos” era mais completa.

 Ele se referia ao Real Arco, que foi o grande vitorioso na fusão das duas Grandes Lojas inglesas, gerando na Grande Loja Unida da Inglaterra a grande confusão matemática do mundo maçônico, através do artigo:

_ “(…) a pura Maçonaria Antiga consiste de três graus e nenhum mais, isto é, os de Aprendiz Registrado, Companheiro de Ofício e Mestre Maçom, incluindo o Sagrado Real Arco”.

 Ou seja, para a Grande Loja Unida da Inglaterra, 03 e nenhum mais… são 04!

 Se estivesse vivo, tenho certeza que Dermott também faria piada disso.

  

Kennyo Ismail M.'.M.'.


 


O que eles disseram




   George W. Truett (1867-1944) foi um dos pastores batistas mais influentes dos EUA, liderando a Primeira Igreja Batista de Dallas por incríveis 47 anos. Sob seu comando, a congregação cresceu exponencialmente, tornando-se uma das maiores do país. Sua fama nacional como pregador e orador o levou a presidir a Convenção Batista do Sul e a Aliança Batista Mundial, além de ser enviado pelo Presidente Woodrow Wilson para pregar às tropas durante a Primeira Guerra Mundial.

Além de seu impacto pastoral, Truett foi um fervoroso defensor da liberdade religiosa e da separação entre Igreja e Estado, princípios que defendeu em um célebre sermão no Capitólio. Seu legado é marcante no Texas, onde sua liderança em campanhas de arrecadação de fundos foi crucial para salvar a Universidade Baylor da falência e para a criação do que viria a ser o Hospital Baylor. Ele também tinha um ministério dedicado aos cowboys, pregando para eles nas montanhas do Oeste do Texas por décadas.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

 

MAÇONARIA – FAMÍLIA – PAIS

 

“Porque sou Maçom?

Para que serve a Maçonaria?

O que devo fazer para ser um bom Maçom?”

 

Estas dúvidas e questionamentos fazem parte da nossa aprendizagem e do nosso crescimento maçônico.

Conforme vamos aprendendo e entendendo, começamos a ver que a Maçonaria pode e contribui muito para um mundo melhor, mais humano, mais solidário, mais fraterno.

Entretanto a Maçonaria por si só, como escola filosófica, nada pode fazer, sem o seu agente transformador: o Maçom.

Somos nós, Maçons, que nós devemos empenhar na nossa transformação interior, na nossa mudança de comportamento, na nossa mudança ética e moral.

É preciso que comecemos a transformação em nós mesmos, só depois poderemos melhorar o mundo que nos rodeia.

É o Maçom que age, que transforma o mundo através do seu exemplo, regendo-se pela ética, pelos bons exemplos, pelos laços familiares, por sua conduta moral e social no mundo profano.

De nada nos vai adiantar tornarmo-nos melhores seres humanos se não usarmos os ensinamentos básicos da Ordem Maçônica para melhorar a nossa família e a nossa comunidade, dando apoio e contribuindo com todas as ações que visam à melhoria do local onde vivemos.

Sou Maçom porque pertenço a um grupo de homens livres e de bons costumes. Sou Maçom porque faço parte de um grupo de pessoas que buscam a perfeição para si e que lutam por um mundo melhor. Sou ainda mais Maçom porque estou sempre imbuído do espírito de melhoria não para mim, mas também para a família e toda a humanidade.

A Maçonaria é o instrumento para a melhoria do mundo, mas é preciso primeiro que melhoremos a nós mesmos para que possamos ser agentes transformadores do mundo.

Quanto mais bem esclarecidos forem os Maçons, maiores serão as chances de termos uma sociedade mais justa, uma ordem composta de homens realmente livres e de bons costumes.

É pertinente ao Maçom, juntamente com a sua família, constatar que a Maçonaria busca a felicidade humana porque na sua essência, com o sublime sentimento do amor, comprova efetivamente a sua razão de ser. É fundamental a fé e assim, constatar que a busca de um ideal comum, constitui-se na atividade básica da instituição, que sempre se manteve intacta, intocável por qualquer preceito, religioso ou não.

E isso é evidente porque a Maçonaria não tem idade; sempre existiu porque pertence ao homem; está no homem; está emancipada da história e de conceitos teóricos ou dogmáticos.

Portanto, não nos preocupemos com a origem da Maçonaria, preocupemo-nos como ela é. Não nos preocupemos com a sua história, preocupemo-nos que a Maçonaria, hoje, não vive do seu passado, por mais glorioso que possa parecer, vive hoje para preservar o presente e construir o amanhã.

Não nos preocupemos com as pessoas que a frequentam, preocupemo-nos que nós estamos na Maçonaria. Não nos preocupemos com os maçons, preocupemo-nos em ser maçons e fazer a nossa parte.

Não nos preocupemos com a sua existência, preocupemo-nos com a sua essência.

Preocupemo-nos que a Maçonaria é um caminho ao Paraíso, pois “o paraíso não é algo a ser alcançado. É algo a ser criado. Depende de nós.” (Osho). Mas para podermos criar este paraíso, preocupemo-nos que, acima de tudo, é necessária a prática do amor ao próximo.

Mas como fazê-lo?

Quem seria esse próximo?  

O que está mais próximo de nós é a nossa família, pois após constituída, esta é a coisa mais preciosa que um verdadeiro Maçom pode querer ter. É dever de todos nós dedicarmos a ela todo o amor, todo o respeito e total proteção. Precisamos ser justos com os nossos entes mais queridos. Se, ainda, por alguma circunstância, não estamos aplicando o que temos aprendido em Loja no seio da nossa própria família, tratemos de rever esse nosso procedimento. Se vivemos em harmonia entre os Irmãos e vivemos desarmonizados com a nossa família, estamos vivenciando uma profunda contradição.

O Maçom deve dividir com os seus, os fundamentos da nossa Ordem no que tange à sua essência, aos seus propósitos e as suas aspirações.

Para que a família, conhecendo a Instituição, possa ajudá-lo na sua caminhada rumo ao aperfeiçoamento moral, intelectual e espirituais.

Sem os percalços e incompreensões que muitas vezes ocorrem, por má interpretação oriunda de falta de esclarecimento.

A família deve estar consciente de que a Maçonaria não é clube para homens, (muitas vezes denominado pelas cunhadas de O Clube do Bolinha), onde os seus adeptos se reúnem para se divertirem e conversarem amenidades, tendo como final um lauto jantar que chamados de ágape.

Nos dias de reuniões nos divertimos? Sim!

Existe melhor divertimento do que estarmos junto às pessoas que queremos bem?

Nos dias de reuniões falamos amenidades? Sim!

Mas nos momentos propícios a isso.

Nos dias de reunião promovemos um ágape fraternal? Sim! Por dever de tradição, uma vez que esse procedimento vem desde tempos memoriais.

 

Em todas as Ordens esotéricas e místicas, sempre os seus membros o realizavam para selar com o Deus da compreensão de cada um, o agradecimento pelos alimentos materiais que lhes davam as forças e energia necessárias para a continuação do trabalho espiritual realizado no Templo e fora dele. E, ao mesmo tempo, implorarem à Deus a força para que não negligenciassem nunca os deveres para com as suas famílias e para com as pessoas menos favorecidas, fazendo chegar a esses, por Obra Divina e pela caridade dos homens, o mínimo necessário às suas substâncias.

Podemos dizer que, apesar de nos divertirmos, de conversarmos amenidades e de promovermos o ágape fraternal, dedicamos a maior parte do tempo dos dias de reunião a tratarmos de assuntos extremamente sérios relativos à nossa Ordem, aos nossos Irmãos, à nossa comunidade e principalmente à nossa família.

Buscamos formas de cooperarmos, por meio de cada Maçom individualmente, nas soluções dos problemas que nos afligem a nós, à nossa família e à sociedade como um todo, independentemente das posições políticas e religiosas de cada um.

A Família deve se orgulhar do Pai Maçom que, mesmo subtraindo uma parte do tempo que poderia estar-lhe dedicando, esteja na Loja estudando, aprendendo e trabalhando pelo bem da humanidade, ou, que esteja inscrito num conselho municipal de educação, de saúde, de segurança, etc., para em nome da Ordem, mas pela sua própria iniciativa, prestar a sua colaboração na fiscalização do melhor emprego das verbas públicas destinadas ao município.

Se ele ainda não está fazendo isso, cabe a família incentivá-lo a tal.

Se não for para as finalidades acima descritas, porque nos reunimos aqui no nosso Templo, a Maçonaria não terá nenhum valor. Seremos apenas profanos reunidos.

Será que tem algum sentido agirmos assim?

 

"A Maçonaria apenas mostra o caminho. Ela representa um meio. O fim é o próprio Irmão. Se o Irmão não achar a Verdade em si próprio, ninguém a achará por ele. Se o Maçom for pequeno espiritualmente, nem usando avental bordado a ouro, fará dele um verdadeiro Maçom."

 

Desconheço a autoria.

03-12-2025