terça-feira, 25 de agosto de 2015

SALVE A IMPRENSA NA OPERAÇÃO LAVA JATO - DE HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA A SÉRGIO FERNANDO MORO

INFORMATIVO BARBOSA NUNES

SALVE A IMPRENSA NA OPERAÇÃO LAVA JATO -
DE HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA A SÉRGIO FERNANDO MORO

Artigo 235 de Barbosa Nunes, publicado no Jornal Diário da Manhã, edição 15.08.2015



Como quarto poder, em razão da influência que exerce, a imprensa brasileira, sobretudo a investigativa e a social-popular, é a grande responsável pelo momento de depuração que estamos vivendo. Sem desconsiderar, enalteço o Ministério Público Federal, Polícia Federal e a determinação do herói da moralidade dos tempos modernos do judiciário brasileiro, Sérgio Fernando Moro. 
Paranaensede Ponta Grossa, juiz federal que com 43 anos de idade, no auge da vida física, intelectual - jurídica, ganhou notoriedade nacional e internacional por comandar o julgamento dos crimes identificados na Operação Lava Jato, investigação de um dos maiores casos de corrupção do país.
                Mas, sem a imprensa pouco teria acontecido, como em outros tempos que as falcatruas ficavam escondidas nas gavetas dos poderes. É ela que faz o elo com a população, informando sobre as mazelas que se tornaram comuns, enriquecendo políticos e empobrecendo o povo.
                O maçom Ruy Barbosa, em 1808, discursando em defesa da imprensa, disse que ela deve cumprir com o dever da verdade. "A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça."
                A Operação Lava Jato ficará para sempre como símbolo de um momento inacreditável, em que representantes do povo afundaram uma instituição orgulho, fundada por Getúlio Vargas em 1954, que é a Petrobrás. Revela a corrupção plantada no país por criminosos representantes partidários, especialmente de um partido que foi o sonho de muitos, enquanto oposição, mas que ao subir os degraus do poder, não soube ser governo e se nivelou por baixo com os mais de 30 que temos. Afundou-se no mar de lama que rouba a saúde, a educação, enveredando-se por caminhos que estão levando muitas “dignidades” ao lugar reservado para criminosos, que são as grades das prisões. Estão pagando, vão pagar muito mais. Vários estão ainda não identificados. Outros desdobramentos ocorrem nas fases da Lava Jato e levam à revelação de comportamentos iguais em diversos órgãos públicos.
                A cada investigação, vem a notícia. Mais senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, lobistas, executivos e proprietários de grandes empresas, muitas fantasmas, criadas para servirem de instrumentos de corrupção. Está imprensa é o órgão visual da nação. Por ela nós estamos respirando a verdade.  É o grande aparelho da depuração.
                A imprensa brasileira, jornais, revistas, rádios, televisões e a comunicação via redes sociais, impede a cegueira do país. Assim nos informa e ficamos sabendo das máculas, das sujeiras que “homens vistos como de bem”, tem seus esqueletos mostrados à população brasileira.
                É relevante a história da imprensa no Brasil, em vista de estar vinculada a história da política brasileira caracterizada entre períodos de ditadura e de democracia, de censura direta ou indireta e de liberdade de expressão. O Brasil já passou por vários momentos, com seus veículos sendo submetidos à censura.
Um dos maiores problemas da imprensa mundial é a falta da liberdade de expressão e a censura em alguns países. Exemplo aqui próximo, Venezuela, mais distante, Cuba, mais longe, Coréia do Norte, China e outros, países onde impera a ditadura e que a imprensa deve obedecer sempre às ordens do governo, ou nem existe.
“A Gazeta do Rio de Janeiro” foi o primeiro jornal publicado em território nacional, começando a circular em 10 de setembro de 1808, como órgão oficial do governo português que aqui tinha se refugiado. O jornal evidentemente só publicava notícias favoráveis ao governo.
Porém, no mesmo ano, pouco antes, primeiro de junho de 1808, o exilado MAÇOM, jornalista e diplomata Hipólito José da Costa, lançara de Londres, o “Correio Braziliense”, primeiro jornal brasileiro, ainda que fora do Brasil. O primeiro número só chega ao Rio de Janeiro em outubro, onde tem grande repercussão nas camadas mais esclarecidas, sendo proibido e apreendido pelo governo. Enquanto o jornal oficial relatava o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, natalícios e circulação social da família real, o do exilado fazia política, atacando os defeitos da administração do Brasil.
Saudemos, pois estas colunas da resistência democrática e da defesa dos interesses verdadeiramente nacionais, ao contrário da grande maioria dos representantes do povo atualmente. Hipólito José da Costa, também homenageado como MAÇOM e a sua grande história, por ter uma Loja Maçônica com o seu nome no Grande Oriente do Distrito Federal e Sérgio Fernando Moro, juiz da dignidade, missionário de novos tempos nos céus da justiça brasileira.



Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Os Peregrinos de Avatar

OS PEREGRINOS DE AVATAR
Autor Ir.·. M.·. M.·. Edson Ristow
Orad.·. da A.·.R.·.L.·.S.·. Guardiões da Fraternidade nº 47 – GLUSA

I
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam,
Olhos no horizonte,
Um pé no passado numa busca deslizante
Para o futuro talhar,
Como proposta de fonte.

II
Vão passando com apetrechos carregados,
Em séculos construindo
Pavimentos de certeza,
Afastando a ignorância
E vícios implantados,
Para a virtude preservar
Em campos até então desterrados.

III
Perseguidos ou ignorados,
Em compasso vão mantendo
Num esquadro exemplar,
Sem nunca permitir ou até mesmo aceitar,
Que a visão possa finalmente se lhes turvar.

IV
Homens novos ou mais velhos
Nesse Mar de Bronze vão,
É a busca pelo Zen
Ou a chave de Hirão.

V
Oh meu deus, de Salomão para o Hirão,
Como assim é muito bom
Viverem unidos os irmãos,
Meditava o Mestre só
Aos pés do Monte Sião.

VI
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam,
Como se Cavaleiros do tempo fossem,
E protegendo seus irmãos dos Profanos então pudessem,
E para o bem da Irmandade,
Em coluna fortalecem
Por espírito, muito mais os que padecem.

VII
Assim como é em cima
Também o é embaixo,
Negativo e positivo traduzindo uma realidade,
Enquanto um nível lhes mantém,
Em pendulo de vontade.

VIII
A concórdia lhes transcende
Neste constante processo Avatar,
Tendo firme por propósito
A ideia de a humanidade melhorar.
IX
Quem são estes homens
De coração puro e pensamentos livres,
Que não se curvam ao Senhorio
Nem aos profetas de plantão,
Pois carregam no peito um segredo no coração.

X
Quanta dor já suportaram,
Quantas alegrias distribuíram,
Muitas verdades já ensinaram
E muita torpeza suprimiram.

XI
Estes homens, em sublime ordem,
Na senda até o Setentrião,
Apresentam como proposta,
De irmão para irmão
A Cadeia de União.

XII
Nada querem nesta vida
Para si ou para os seus,
Exceto a glória do Arquiteto, Osíris ou Orfeu,
E mesmo que isto custe brevidade no viver,
Como o Mestre sempre querem perecer.

XIII
Da Potência ao longe vão,
Do Oriente buscam a Luz,
Do Ocidente para o Meio,
Dextrogiro em passo estão
Ao encontro de Temuz.

XIV
São terríveis os tiranos,
Mesmo em pleno Vale da Luz,
Mas nada detém estes homens,
Que como forma de proteção,
Invocam quando necessária as divisas de Salomão.

XVI
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam,
Mesmo diante de Adhonai,
Com o templo a lhes cobrir
Os desejos de Sinai.

XVII
São livres e de bons costumes,
Repetem com constância,
E nesse ritmo vão formando
Com inteligente ressonância
Base boa para a vida
Tal qual ocorria na infância.

 XVIII
Do primitivo para o medievo
Em estudos sempre estiveram,
Procurando entender
Os mistérios do divino,
E na gnose obter
A pureza de menino.

XIX
Por isso se pergunta,
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam
Sob a Abóboda Celeste,
E em postura de humildade esperam,
Receber do Grande Arquiteto
O ideário do Universo.

XX
Estes homens nada temem,
E covarde ainda não se viu
Na clausura da masmorra,
Pouco importando a prova sutil,
Pois afinal, são os homens de São João,
O grande Padroeiro do Maçom.

24-06-2015