quarta-feira, 8 de julho de 2015

Os Peregrinos de Avatar

OS PEREGRINOS DE AVATAR
Autor Ir.·. M.·. M.·. Edson Ristow
Orad.·. da A.·.R.·.L.·.S.·. Guardiões da Fraternidade nº 47 – GLUSA

I
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam,
Olhos no horizonte,
Um pé no passado numa busca deslizante
Para o futuro talhar,
Como proposta de fonte.

II
Vão passando com apetrechos carregados,
Em séculos construindo
Pavimentos de certeza,
Afastando a ignorância
E vícios implantados,
Para a virtude preservar
Em campos até então desterrados.

III
Perseguidos ou ignorados,
Em compasso vão mantendo
Num esquadro exemplar,
Sem nunca permitir ou até mesmo aceitar,
Que a visão possa finalmente se lhes turvar.

IV
Homens novos ou mais velhos
Nesse Mar de Bronze vão,
É a busca pelo Zen
Ou a chave de Hirão.

V
Oh meu deus, de Salomão para o Hirão,
Como assim é muito bom
Viverem unidos os irmãos,
Meditava o Mestre só
Aos pés do Monte Sião.

VI
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam,
Como se Cavaleiros do tempo fossem,
E protegendo seus irmãos dos Profanos então pudessem,
E para o bem da Irmandade,
Em coluna fortalecem
Por espírito, muito mais os que padecem.

VII
Assim como é em cima
Também o é embaixo,
Negativo e positivo traduzindo uma realidade,
Enquanto um nível lhes mantém,
Em pendulo de vontade.

VIII
A concórdia lhes transcende
Neste constante processo Avatar,
Tendo firme por propósito
A ideia de a humanidade melhorar.
IX
Quem são estes homens
De coração puro e pensamentos livres,
Que não se curvam ao Senhorio
Nem aos profetas de plantão,
Pois carregam no peito um segredo no coração.

X
Quanta dor já suportaram,
Quantas alegrias distribuíram,
Muitas verdades já ensinaram
E muita torpeza suprimiram.

XI
Estes homens, em sublime ordem,
Na senda até o Setentrião,
Apresentam como proposta,
De irmão para irmão
A Cadeia de União.

XII
Nada querem nesta vida
Para si ou para os seus,
Exceto a glória do Arquiteto, Osíris ou Orfeu,
E mesmo que isto custe brevidade no viver,
Como o Mestre sempre querem perecer.

XIII
Da Potência ao longe vão,
Do Oriente buscam a Luz,
Do Ocidente para o Meio,
Dextrogiro em passo estão
Ao encontro de Temuz.

XIV
São terríveis os tiranos,
Mesmo em pleno Vale da Luz,
Mas nada detém estes homens,
Que como forma de proteção,
Invocam quando necessária as divisas de Salomão.

XVI
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam,
Mesmo diante de Adhonai,
Com o templo a lhes cobrir
Os desejos de Sinai.

XVII
São livres e de bons costumes,
Repetem com constância,
E nesse ritmo vão formando
Com inteligente ressonância
Base boa para a vida
Tal qual ocorria na infância.

 XVIII
Do primitivo para o medievo
Em estudos sempre estiveram,
Procurando entender
Os mistérios do divino,
E na gnose obter
A pureza de menino.

XIX
Por isso se pergunta,
Quem são estes homens,
Que de preto se apresentam
Sob a Abóboda Celeste,
E em postura de humildade esperam,
Receber do Grande Arquiteto
O ideário do Universo.

XX
Estes homens nada temem,
E covarde ainda não se viu
Na clausura da masmorra,
Pouco importando a prova sutil,
Pois afinal, são os homens de São João,
O grande Padroeiro do Maçom.

24-06-2015