terça-feira, 11 de setembro de 2012

Quando os maçons tornam-se desnecessários.



Uma das situações, talvez a mais dolorosa para um homem, é quando ele se conscientiza de que é totalmente desnecessário, seja no ambiente familiar, no trabalho, na comunidade ou, principalmente, para nós maçons, na nossa Instituição.
Os maçons tornam-se desnecessários:
1) - Quando decorrido algum tempo de sua Iniciação ao primeiro grau da Ordem, já demonstram desinteresse pelas sessões, faltando constantemente, e mesmo estando presentes demonstram não estarem comprometidos com a sua loja, potencia e a Instituição, apesar de terem aceitado a Iniciação e terem JURADO SOLENEMENTE.
2) - Quando, durante as sessões, já "enturmados", ficam impacientes com as instruções, com as palestras ou com as palavras dos Irmãos mais velhos, achando tudo uma chatice, uma bobagem que atrasa o ágape e a esticada noturna ao BAR.
3) - Quando, ao tempo da apresentação de trabalho para aumento de salário, não têm a mínima idéia dos assuntos dentre os quais podem escolher os seus temas. Simplesmente copiam alguma coisa de um livro ou da Internet e apresentam-no, pensando que ninguém vai notar.
4) - Quando, ainda companheiros, começam a participar de grupos para ajudar a eleger o novo Venerável e, não raro, já pensando seriamente em, assim que chegarem a Mestres, começarem a trabalhar para obter o "poder" na Loja.
5) - Quando já como Mestres, recusam-se a admitir que sabem quase nada a respeito da sua própria loja, potência e da Ordem Maçônica . Acham que estudar e comparecer ao máximo de sessões do ano é coisa para os que aceitaram fazer parte da administração, para os companheiros e os aprendizes.
6) - Quando Mestres, ao participarem das eleições como candidatos a Venerável, e não forem eleitos, ou não forem escolhidos para algum cargo, sumirem ou filiarem-se a outra Loja onde poderão ter a "honra" de serem cingidos com o avental de M.: I .:, que consideram ser " muito mais vistoso do que o de um "simples" Mestre ".
7) - Quando já Mestres e até participando dos Altos Graus (filosóficos) não terem entendido ainda que o essencial para o verdadeiro maçom é o seu crescimento espiritual, a sua regeneração, a sua vitória sobre a vaidade e os vícios, a aceitação da humildade e o bem que possam fazer aos seus semelhantes, e que, a “ política interna da Loja , a proteção mútua, principalmente na parte material, também tem lá seu valor, mas não é a ESSÊNCIA para o verdadeiro MAÇOM.”
8) - Quando, como Aprendiz, Companheiro ou Mestre, ainda não entenderem que a Loja necessita que suas mensalidades estejam rigorosamente em dia, para que possam enfrentar às despesas que são inevitáveis.
9) - Quando, como Veneráveis Mestres, deixam o caos se abater sobre a Loja, não sendo firmes o suficiente para exercer sua autoridade; não tendo um calendário com programação pré-definida para um período; não cobrando de seus auxiliares a consecução das tarefas a eles determinadas, e não se importando com a educação maçônica, que é primordial para o aperfeiçoamento dos obreiros.
10) - Quando, como Vigilantes, não entenderem que, juntamente com o Venerável Mestre, devem constituir uma unidade de pensamento, pois em todas as Lojas nas quais um ou os dois Vigilantes não se entendem entre si e principalmente não se entendem com o Venerável, o resultado da gestão é catastrófico.
11) - Quando, como Guarda da Lei ( Orador ) , nada sabem das leis e regulamentos da Potência e de sua própria Loja, da Maçonaria Universal e usam o cargo apenas para discursos ocos e intermináveis.
12) - Quando, como Secretários, sonegam à Loja as informações dos boletins, de informativos e informações da potência, as correspondências dos Ministérios e, principalmente, os materiais do departamento de cultura, que visam dotar as Lojas de instruções e conhecimentos que normalmente não constam dos rituais, e são importantes para a formação do maçom.
13) - Quando, como Tesoureiros, não se mostram diligentes com os metais da Loja, não se esforçam para manter as mensalidades dos Irmãos em dia e não se importam com os relatórios obrigatórios e as prestações de contas.
14) - Quando, como Hospitaleiros, não estão atentos aos problemas de saúde e dificuldades físicas ,financeiras , ou sociais , dos Irmãos da Loja.
15) - Quando constatamos que em grande número de Lojas, com uma freqüência média de vinte Irmãos, se recolhe um tronco de beneficência de R$ 10,00 (dez reais) em média ( significa que 10 irmãos contribuíram com R$ 1 ,00 e 10 não conseguiram nem contribuir...).
- Na prática , em condições originais , friamente , todos os 10 que não contribuíram são desnecessários, pois a benemerência é um dever declarado do maçom. Mas a benemerência é também do maçom que PODE mais , atendendo o maçom que agora não está podendo , por seu acidentais motivos de vida.
16) - Quando, como Chanceleres, não dão importância aos natalícios dos Irmãos, cunhadas, sobrinhos e de outras Lojas. Quando, em desacordo com as leis, adulteram as presenças, beneficiam Irmãos que faltam e não merecem esse obséquio.
17) - Quando a Instituição programa uma Sessão Magna Pública para homenagear alguém ou alguma entidade pública ou privada, constata-se a presença de um número irrisório de Irmãos, dando aos profanos uma visão negativa da Loja, da Potência e da Ordem, deixando constrangidos aqueles que se dedicaram e se esforçaram para realizar o evento à altura da Maçonaria. Todos esses Irmãos indiferentes, que não comparecem habitualmente a essas sessões, também são desnecessários à nossa Ordem.
18) - Muito mais haveria para se dizer em relação aos Irmãos desinteressados da nossa Sublime Instituição. Fiquemos por aqui e imploremos ao Grande Arquiteto do Universo que ilumine cada um de nós, pra que possamos agir na Maçonaria com o verdadeiro Espírito Maçônico e não com o espírito profano..

-Roguemos ainda, que em nenhuma circunstância, seja na família, no trabalho, na sociedade ou na Arte Real, tornemo-nos desnecessários, pois deve ser muito triste e frustrante para qualquer um sentir-se sem importância e sem utilidade no meio em que se vive.
Fonte de Consulta: Transcrito da revista O Delta
Outubro de 2011

Um comentário:

  1. Pois é !!!
    Acessei este blog por insistência de um colega de trabalho que é maçom (grau 33).
    Confesso que sempre tive um pé atrás sobre a maçonaria (de certo já estão acostumados a ouvir isso).
    Mas, ao entrar e ler os escritos neste blog, assustei-me!!
    Pois como Filósofo, estudante e pesquisador, não pensei que houvessem escritos de cunho científicos, assim como citações de grande mestres da filosofia.
    Creio que durante o tempo em que ouvi falar sobre amaçonaria, tive a postura (e digo isso um pouco constrangido) daquele que: não li este livro! E não gostei!
    Nunda me detive em procurar algo que pudesse me fornecer dados sobre esta irmandade – fiquei num completo juízo de valor preconceituoso.
    Peço desculpas!!!!
    Recebi o convite para entrar na irmandade!
    Confesso que me sitnto inseguro sobre as responsabilidades impostas.
    Me pego em articulações sobre: será que corresponderei??? Sou maduro o suficiente??
    Declaro que não sei.
    Por enquanto, através deste blog, busco me familiarizar e estudar mais sobre o assunto.
    Meu nome é Márcio José de Santana, sou Servidor Público Estadual, formado em Filosofia pela U.F.S.C., resido em Florianópolis SC e meu e-mail é: msantana64@gmail.com.

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