A legião que permaneceu sessenta longos anos guarnecendo aquele lugar desolado usava a insígnia “Leg XF”, que significava “Legio X. Fretenis”. O seu posto na pátria era fretum Siciliense, a “via de Sicília”. Eles deixaram ali e por toda a Jerusalém milhares e milhares de sinais de sua presença. Até hoje jardineiros e lavradores continuam encontrando na terra, de vez em quando, pequenos quadrados de bairro com o número da legião e o emblema da galera e do javali.
As perdas dos judeus foram incalculavelmente elevadas. Durante o sítio encontrava-se na cidade, segundo os dados de Tácito, seiscentas mil pessoas. Flavio Josefo dá o número de noventa e sete mil prisioneiros, não incluindo os crucificados e os chacinados, e acrescenta que só por uma porta foram retirados, no espaço de três meses, cento e quinze mil e oitocentos cadáveres judeus.
No ano 71, Tito mostrou aos romanos a grandeza de sua vitória sobre Jerusalém com um imenso desfile triunfal. Entre os setecentos prisioneiros que faziam parte do cortejo, encontravam-se a ferros João de Gischala e Simão bar Giora. Com grandes manifestações de júbilo, eram conduzidos também dois despojos preciosos, de ouro puro – o candelabro de sete braços e a mesa de exposição do pão do templo de Jerusalém. Foram depositados em outro lugar sagrado – o Templo da Paz em Roma. Esses dois objetos de culto ainda podem ser vistos no grandioso Arco de Tito, erigido para comemorar essa campanha vitoriosa.
Fotografia do painel interior representando o espólio trazido pelos romanos após a conquista da Judeia e a destruição do templo de Jerusalém, vendo-se a Menorá - o candelabro de sete braços, a Mesa do Pão Ázimo e as trombetas de pratas que chamavam os judeus para a festa de Rosh Hashaná, o ano novo judaico. Em 1 de Agosto de 67 d.C. as legiões romanas, comandadas pelo futuro Imperador Tito (39 - 81 d.C.), filho primogénito do Imperador Vespasiano (9 - 79 d.C.), ocuparam Jerusalém e começaram a destruir o Templo, tarefa terminada em 70 d.C.. |
Sobre as ruínas desoladas e sem esperança, onde nem os judeus nem os adeptos de Cristo podiam pisar, o Imperador Adriano construiu uma colônia romana: Aelia Capitolina.
Capitolina, Mosaico do século VI em que se aprecia o Cardus Maximus, a rua principal que começava na porta norte (atual porta de Damasco) e atravessava a cidade até o sul.
A vista de uma colônia estrangeira no solo sagrado dos judeus deu motivo a nova rebelião. Júlio Severo foi chamado a Judá de seu comando na Bretanha e sufocou, numa campanha que durou três anos, a última tentativa desesperada feita pelos judeus para reconquistar a liberdade.
O Imperador Adriano mandou construir ali mais um hipódromo duas casas de banhos e grande teatro. Sobre as massas de entulho do santuário judeu erguia-se , como por escárnio, um monumento a Júpiter, e no lugar onde, segundo a tradição cristã, se encontrava o túmulo de Cristo, peregrinos de terras estrangeiras subiam os degraus dos terraços que conduziam ao santuário de uma divindade pagã, a deusa Vênus!
A maior parte da população da Terra Prometida que não morreu na sangrenta Guerra dos Judeus de 66 a 70 ou no levante de Bar-Kokhba de 132 a 135 foi vendida como escrava: “E cairão ao fio da espada, e serão levados cativos a todas as nações” (Jesus).
Dos anos posteriores a 70, os arqueólogos não encontraram na Palestina mais nada que indicasse uma construção de Israel, nem mesmo uma lápide tumular com uma inscrição judaica. As sinagogas foram demolidas e até da Casa de Deus da tranqüila Cafarnaum ficaram apenas ruínas. A mão implacável do destino riscara no nome de Israel do concerto dos povos.
Adptado por José Cantos L. Filho
de E a Biblia tinha Razão
2011
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