sexta-feira, 18 de novembro de 2011

DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM 70 DC - 1ª parte


Tenho lido muitas passagens sobre a história dos judeus, mas uma dela, a destruição de Jerusalém e do Terceiro Templo, foi a mais horrível, dolorosa e sangrenta guerra que tomei conhecimento. 

Acho que todo maçom e simpatizante precisa conhecer um pouco desta história que modificou o mundo conhecemos e vivemos. A cidade foi destruída pelos romanos em 70 d.C. O cerco e a queda são descritos com pormenores pelo historiador judeu do primeiro século, Flávio Josefo, no livro Guerras dos Judeus, que foi publicado cerca do ano 75 d.C. De acordo com os Evangelhos, Jesus profetizou este evento aproximadamente no ano 30 d.C.

Tempo de Jerusalém - época de Jesus

          Destas coisas que vedes, virão dias em que não ficara pedra sobre pedra, que não seja demolida. Quando virdes, pois, que Jerusalém é sitiada por um exército, então sabei que está próxima a sua desolação. Porque haverá grande angústia sobre a terra e ira contra este povo. E cairão ao fio da espada, e serão levados cativos a todas as nações, Jerusalém será calcada pelos gentios. Previsto por Jesus.
Numerosas residências e castelos reais, cidades, palácios e templos, construções que tiveram seus fundamentos assentados no primeiro, do segundo, no terceiro milênio antes de Cristo foram arrancados ao pó do passado, por vezes com metros de espessura, pelas pás e a intuição dos arqueólogos, em trabalho competente e árduo.

A cidade e o templo de Jerusalém, de significação inapreciável para a prosperidade, escaparam, porém, aos esforços dos pesquisadores; foram eliminados para sempre deste mundo. Porque, uma geração apenas depois de Jesus, nos “dias da vingança”(Lucas 21.22), sofreram a sorte que Jesus lhes profetizara.

      O que vemos claramente nas narrativas bíblicas é que os judeus esperavam um Messias libertador político, já que, naquele tempo, Roma os oprimia. Esperavam alguém para restabelecer o seu domínio sobre aquela terra.
       Jesus, porém, nasce como filho de um carpinteiro, sem nenhuma riqueza ou poder político. Não era o Messias que eles queriam. Com relação a isso a Bíblia também nos revela: “Aquele que é a Palavra [Jesus] veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu.”

Quando confrontados pela sabedoria e grandeza de Jesus veja como eles o viam como um “Zé ninguém”: “Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.”

O antigo Israel, cuja história não inclui a palavra e a obra de Jesus, a comunidade religiosa de Jerusalém, que condenou e fez crucificar Jesus, foram aniquilados num inferno como talvez não haja exemplo na história, na “Guerra dos Judeus”, de 66 a 70 d.C.
Géssio Floro amava o dinheiro e odiava os judeus.
   
      Cada vez mais se elevaram as vozes contra a odiada Roma. Ao partido do Zelotes afluíram fanáticos e rebeldes que reclamavam incansavelmente a supressão do domínio estrangeiro; cada um deles levava um punhal escondido debaixo do manto. Seus atos de violência alarmavam o país. Os abusos de força dos procuradores romanos tornavam a situação ainda mais delicada; aumentavam cada vez mais os partidários dos radicais.

Flavio Josefo.
A crescente indignação estourou em franca revolta em maio de 66, quando o procurador Floro exigiu dois talentos do tesouro do templo. A guarnição romana foi atacada, e Jerusalém caiu em poder dos rebeldes. A lei que se seguiu imediatamente, proibindo o sacrifício diário a César, significava uma declaração de guerra aberta à grande potência de Roma. A anã Jerusalém arrojou com arrogância a luva do desafio aos pés do Imperium Romanun!

Foi o sinal para todo o país; por toda parte se ateou a rebelião. Floro não era mais senhor da situação. O governador da província da Síria, C. Céstio Galo, marchou em seu socorro com uma legião e numerosas tropas auxiliares mas foi obrigado a retirar-se com pesadas perdas. Os revoltados dominavam o país.
Na certeza de que Roma ia contra-atacar com toda a sua força, os judeus fortificaram as cidades a toda a pressa, repararam as muralhas antigas e nomearam chefes militares. José, que veio a ser mais tarde o historiador Flávio Josefo, foi nomeado chefe militar da Galiléia.

         Do lado romano, o Imperador Nero confiou o alto comando ao brilhante experimentado General Tito Flávio Vespasiano, que muito se havia distinguido na conquista da Bretanha. Acompanhado por seu filho Tito, caiu sobre a Galiléia pelo norte com três legiões de elite e numerosas tropas auxiliares.

As povoações situadas ao lado do lago de Genesaré, onde decênios antes de Jesus havia pregado aos pescadores assistiram às primeiras carnificinas. Até outubro de 67, já fora invadida toda a Galiléia. Entre a multidão de prisioneiros marchava Josefo, o general chefe. Ia acorrentado e, conduzido ao quartel general por ordem de Vespasiano, assistiu então à Guerra dos Judeus no acampamento do adversário. Seis mil judeus foram conduzidos como escravos a Corinto para a construção do canal.

Na primavera seguinte, prosseguiu a luta para submeter os revoltos da Judéia. Mas nesse meio tempo chegou uma notícia que interrompeu a campanha: Nero suicidara-se.
Em Roma, estourou a guerra civil. Vespasiano aguardou o desenrolar dos acontecimentos. Um após outro, três imperadores perderam a soberania e a vida. Por fim, as legiões tomaram uma atitude: um ano depois da morte de Nero, ressoou no Egito, na Síria, na Palestina e por todo o Oriente a aclamação “Viva César!” Vespasiano tornara-se soberano do Império Romano. De Cesaréia, na costa da palestina, onde recebeu a notícia, ele se dirigiu sem tardança para Roma, deixando a o seu filho Tito o último ato da Guerra dos Judeus.


Por José Cantos L. Filho
Continua na próxima postagem.....

18-11-2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fico-lhe grato por sua participação no meu blog. Continue me ajudando. Obrigado