MAÇONARIA – FAMÍLIA –
PAIS
“Porque sou Maçom?
Para que serve a
Maçonaria?
O que devo fazer para
ser um bom Maçom?”
Estas dúvidas
e questionamentos fazem parte da nossa aprendizagem e do nosso crescimento maçônico.
Conforme vamos
aprendendo e entendendo, começamos a ver que a Maçonaria pode e contribui muito
para um mundo melhor, mais humano, mais solidário, mais fraterno.
Entretanto a
Maçonaria por si só, como escola filosófica, nada pode fazer, sem o seu agente
transformador: o Maçom.
Somos nós,
Maçons, que nós devemos empenhar na nossa transformação interior, na nossa
mudança de comportamento, na nossa mudança ética e moral.
É preciso que
comecemos a transformação em nós mesmos, só depois poderemos melhorar o mundo
que nos rodeia.
É o Maçom que
age, que transforma o mundo através do seu exemplo, regendo-se pela ética,
pelos bons exemplos, pelos laços familiares, por sua conduta moral e social no
mundo profano.
De nada nos
vai adiantar tornarmo-nos melhores seres humanos se não usarmos os ensinamentos
básicos da Ordem Maçônica para melhorar a nossa família e a nossa comunidade,
dando apoio e contribuindo com todas as ações que visam à melhoria do local
onde vivemos.
Sou Maçom
porque pertenço a um grupo de homens livres e de bons costumes. Sou Maçom
porque faço parte de um grupo de pessoas que buscam a perfeição para si e que
lutam por um mundo melhor. Sou ainda mais Maçom porque estou sempre imbuído do
espírito de melhoria não para mim, mas também para a família e toda a
humanidade.
A Maçonaria é
o instrumento para a melhoria do mundo, mas é preciso primeiro que melhoremos a
nós mesmos para que possamos ser agentes transformadores do mundo.
Quanto mais
bem esclarecidos forem os Maçons, maiores serão as chances de termos uma
sociedade mais justa, uma ordem composta de homens realmente livres e de bons
costumes.
É pertinente
ao Maçom, juntamente com a sua família, constatar que a Maçonaria busca a
felicidade humana porque na sua essência, com o sublime sentimento do amor,
comprova efetivamente a sua razão de ser. É fundamental a fé e assim, constatar
que a busca de um ideal comum, constitui-se na atividade básica da instituição,
que sempre se manteve intacta, intocável por qualquer preceito, religioso ou
não.
E isso é
evidente porque a Maçonaria não tem idade; sempre existiu porque pertence ao
homem; está no homem; está emancipada da história e de conceitos teóricos ou
dogmáticos.
Portanto, não
nos preocupemos com a origem da Maçonaria, preocupemo-nos como ela é. Não nos
preocupemos com a sua história, preocupemo-nos que a Maçonaria, hoje, não vive
do seu passado, por mais glorioso que possa parecer, vive hoje para preservar o
presente e construir o amanhã.
Não nos
preocupemos com as pessoas que a frequentam, preocupemo-nos que nós estamos na
Maçonaria. Não nos preocupemos com os maçons, preocupemo-nos em ser maçons e
fazer a nossa parte.
Não nos
preocupemos com a sua existência, preocupemo-nos com a sua essência.
Preocupemo-nos
que a Maçonaria é um caminho ao Paraíso, pois “o paraíso não é algo a ser alcançado.
É algo a ser criado. Depende de nós.” (Osho). Mas para podermos criar este
paraíso, preocupemo-nos que, acima de tudo, é necessária a prática do amor ao
próximo.
Mas como
fazê-lo?
Quem seria
esse próximo?
O que está
mais próximo de nós é a nossa família, pois após constituída, esta é a coisa
mais preciosa que um verdadeiro Maçom pode querer ter. É dever de todos nós
dedicarmos a ela todo o amor, todo o respeito e total proteção. Precisamos ser
justos com os nossos entes mais queridos. Se, ainda, por alguma circunstância,
não estamos aplicando o que temos aprendido em Loja no seio da nossa própria
família, tratemos de rever esse nosso procedimento. Se vivemos em harmonia
entre os Irmãos e vivemos desarmonizados com a nossa família, estamos
vivenciando uma profunda contradição.
O Maçom deve
dividir com os seus, os fundamentos da nossa Ordem no que tange à sua essência,
aos seus propósitos e as suas aspirações.
Para que a
família, conhecendo a Instituição, possa ajudá-lo na sua caminhada rumo ao
aperfeiçoamento moral, intelectual e espirituais.
Sem os
percalços e incompreensões que muitas vezes ocorrem, por má interpretação
oriunda de falta de esclarecimento.
A família deve
estar consciente de que a Maçonaria não é clube para homens, (muitas vezes
denominado pelas cunhadas de O Clube do Bolinha), onde os seus adeptos se
reúnem para se divertirem e conversarem amenidades, tendo como final um lauto
jantar que chamados de ágape.
Nos dias de
reuniões nos divertimos? Sim!
Existe melhor
divertimento do que estarmos junto às pessoas que queremos bem?
Nos dias de
reuniões falamos amenidades? Sim!
Mas nos
momentos propícios a isso.
Nos dias de
reunião promovemos um ágape fraternal? Sim! Por dever de tradição, uma vez que
esse procedimento vem desde tempos memoriais.
Em todas as
Ordens esotéricas e místicas, sempre os seus membros o realizavam para selar
com o Deus da compreensão de cada um, o agradecimento pelos alimentos materiais
que lhes davam as forças e energia necessárias para a continuação do trabalho
espiritual realizado no Templo e fora dele. E, ao mesmo tempo, implorarem à
Deus a força para que não negligenciassem nunca os deveres para com as suas
famílias e para com as pessoas menos favorecidas, fazendo chegar a esses, por Obra
Divina e pela caridade dos homens, o mínimo necessário às suas substâncias.
Podemos dizer
que, apesar de nos divertirmos, de conversarmos amenidades e de promovermos o
ágape fraternal, dedicamos a maior parte do tempo dos dias de reunião a
tratarmos de assuntos extremamente sérios relativos à nossa Ordem, aos nossos
Irmãos, à nossa comunidade e principalmente à nossa família.
Buscamos
formas de cooperarmos, por meio de cada Maçom individualmente, nas soluções dos
problemas que nos afligem a nós, à nossa família e à sociedade como um todo,
independentemente das posições políticas e religiosas de cada um.
A Família deve
se orgulhar do Pai Maçom que, mesmo subtraindo uma parte do tempo que poderia
estar-lhe dedicando, esteja na Loja estudando, aprendendo e trabalhando pelo
bem da humanidade, ou, que esteja inscrito num conselho municipal de educação,
de saúde, de segurança, etc., para em nome da Ordem, mas pela sua própria
iniciativa, prestar a sua colaboração na fiscalização do melhor emprego das verbas
públicas destinadas ao município.
Se ele ainda
não está fazendo isso, cabe a família incentivá-lo a tal.
Se não for
para as finalidades acima descritas, porque nos reunimos aqui no nosso Templo,
a Maçonaria não terá nenhum valor. Seremos apenas profanos reunidos.
Será que tem
algum sentido agirmos assim?
"A
Maçonaria apenas mostra o caminho. Ela representa um meio. O fim é o próprio
Irmão. Se o Irmão não achar a Verdade em si próprio, ninguém a achará por ele. Se
o Maçom for pequeno espiritualmente, nem usando avental bordado a ouro, fará
dele um verdadeiro Maçom."
Desconheço a autoria.
03-12-2025

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