quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Zé Rodrix - Série Maçons Ilustres

ZÉ RODRIX  
UM MAÇOM PARA NUNCA SER ESQUECIDO

Estava arrumando meus livros neste final de ano quando reencontrei " O Diário de um  Construtor do Templo" escrito pelo nosso Irmão Zé Rodrix, imediatamente meus pensamentos voltaram ao meu tempo de aprendiz maçom, época que li este livro, ou melhor devorei este livro em 3 dias e não contive a emoção em alguns trechos,  percebi também  quantos mistérios na maçonaria ainda iria descobrir. Logo irá fazer dois anos que o Irmão  José Rodrigues Trindade, Venerável Mestre da sua loja, partiu para o Oriente Eterno, isto foi no dia 22 de maio de 2009. 

Neste post vou escrever um pouco do que foi Zé Rodrix, nascido na cidade de Rio de Janeiro em 25 de novembro de 1947. Foi um compositor, multiinstrumentista, cantor, publicitário e escritor maçônico brasileiro. Feliz daquele que desfrutou sua arte e mais ainda aqueles  que tiveram a enorme felicidade de conviver com ele neste mundo terreno.

Quando jovem estudou no Conservatório Brasileiro de Música,  desenvolvendo a característica da multi-instrumentalidade: tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete. Tornou-se conhecido em 1967, ao vencer o III festival da TV Record daquele ano, acompanhando Marilia Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo  defendendo a música "Ponteio".

Na década de 1970, participou da banda Som Imaginário com Wagner Tiso, Robertinho Silva, Tavito, Luís Alves e Laudir de Oliveira, tocando ao vivo com Milton Nascimento e participado do LP de estreia da banda.


Zé Rodrix na flauta e teclados

Desligando-se da banda em 1971, venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora, junto a Tavito, com a canção "Casa no campo", uma de suas composições mais famosas, que se tornaria um grande sucesso na voz de Elis Regina, e cujo trecho da letra  batizou o estilo de música conhecido como Rock Rural, com influências regionalistas, tropicalistas, folk, country e rock, tocada pelo trio do qual faria parte logo em seguida, com Sá & Guarabira.

A letra da música Uma "Casa no Campo" foi  feita num ônibus entre Brasilia e Goiania, e foi músicada assim  que chegaram no hotel.

Nessa época, compôs músicas como "Mestre Jonas", "O Pó da Estrada" "Os Anos 60",  "Pendurado no Vapor" e  "Primeira Canção da Estrada" sempre com seus parceiros Sá & Guarabira.


Mestre Jonas- foi das canções com inspiração n Bíblia ressaltando o lado Jonas moderno que todos nós possuímos.

Soy Latino Americano- Uma “guajira” cubana tipica ( três acordes que vão e vem ) e uma intenção crítica. Revelar os defeitos de caráter do brasileiro da época. Estranhamente, todos os consideram qualidades, e este foi o motivo do sucesso da música. A identidade entre o personagem e quem se encontrou retratado por ele.


Zé Rodrix saiu do trio em 1973, para seguir em carreira solo e participações especiais em gravações de artistas diversos, como Secos & Molhados. Na década de 80 passou a se dedicar mais na área de publicidade que musical, mas em 1983, o músico passou a integrar o grupo Joelho de Porco, com o qual gravou o LP e participou do Festival dos Festivais em 1985, ganhando o prêmio de melhor letra pela música 
"A Última Voz do Brasil".

Entre 1989 e 1996 assinou a direção musical dos espetáculos "Não fuja da Raia" e "Nas Raias da loucura", de Sílvio de Abreu, e do programa "Não fuja da Raia" (Rede Globo), estrelado por Cláudia Raia.

Em 1991 foi iniciado na Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Apóstolos do Templo” nº 241, Oriente de São Paulo,  onde foi Aprendiz Maçom, elevado a Companheiro Maçom um ano depois. Foi exaltado a Mestre Maçom pelos seus altos conhecimentos adquiridos sobre a Ordem. Pertenceu à Comissão de Comunicação na gestão do Grão Mestre Salim Zugaib. No ano 2000 instalado como Venerável Mestre de sua Loja.


Sua vida maçônica e artística continuava. Em 1994 foi contemplado com o prêmio Kikito, no Festival de Cinema de Brasília, pela trilha sonora do filme
 "Batman e Robin".

A paixão pela Arte Real e sua parte mística tomou conta do coração do Irmão  Zé Rodrix e os mistérios do Templo de Salomão passou a fazer parte de todos os minutos de sua vida. 

Para ele, assim como em todo o mundo a maçonaria  é praticada através de rituais secretos que englobam símbolos, alegorias e lendas. A maior parte delas tirada da história real da Antiguidade.   E foi través destas histórias e lendas que ele estruturou sua maneira maçônica de pensar.

Queria uma história que introduzisse valores individuais para formar novos Homens Maçônicos. Queria uma escola de pensamento antiga  enraizada na ética, consciência e tolerância.  Queria uma história para que todos os Maçons entendesse melhor os mistérios e segredos da maçonaria e ao mesmo tempo uma história que fizesse qualquer não Maçom se apaixonar pelo romance e fosse levado as lágrimas no final de seus livros. 

A história de Joabem, de Zorobabel e Esquim de Floyrac já viviam na mente daquele futuro escritor maçônico, o enredo já fazia parte de sua vida, da mesma forma que a sua sombraque estava sempre presente pelos caminhos que iria trilhar dai para frente.

E foi assim que ele lançou seus livros que foi intitulado como:

A TRILOGIA DO TEMPLO.


Um dos ritos mais praticados na Maçonaria mundial, o Rito Escocês Antigo e Aceito, faz uso, em seus graus simbólicos e superiores, de uma série de histórias reais que tem como centro a construção do Templo de Salomão em Jerusalém, o primeiro Templo de um Deus Único, que exigiu para seu erguimento toneladas de pedras esculpidas cuidadosamente, para ser montado sem ruído nem uso de ferramentas.

É nesta construção que surge a primeira lenda maçônica: a do arquiteto do Templo, um mestiço fenício-hebreu de nome Hiram-Abiff, que representa para os maçons não apenas o Mestre Perfeito, mas, principalmente, aquele Homem Novo que todos buscamos ser.

É a historia deste Templo e deste homem que formam o panorama de JOHABEN: DIÁRIO DE UM CONSTRUTOR DO TEMPLO, no qual os fatos históricos e lendários da vida de Hiram-Abiff e de Salomão são revelados como uma viagem para dentro de cada consciência, num formato de romance  que cria o paralelo entre o erguimento do Templo de Jerusalém e o Templo Interior de cada um de nós, através do trabalho na pedreira de nosso próprio espírito.  Nele também se revela o início ideal da sociedade dos pedreiros, os mais antigos artesãos do mundo, no seio dos quais, muitos séculos depois, nasceu a Maçonaria moderna, tal como a conhecemos hoje, e que revela gradativamente estes fatos nos graus de 1º a 14º.


O segundo volume da TRILOGIA, que se chama ZOROBABEL: RECONSTRUINDO O TEMPLO, narra a vida de um príncipe hebreu que realmente existiu e foi o responsável não apenas pelo Segundo Êxodo, aquele que trouxe os judeus escravizados na Babilônia de Nabucodonosor de volta para sua terra natal, o reino de Israel, mas também pela reconstrução do Templo de Salomão, derrubado e desmontado pelos babilônios.

Lidando com os rituais dos graus de 15º a 20º, ZOROBABEL: RECONSTRUINDO O TEMPLO mostra os esforços para que Jerusalém novamente se tornasse a capital dos hebreus, revelando os primórdios do terrorismo como arma de combate, esclarecendo o papel de Cyro e Dario na sobrevivência de Jerusalém, além de revelar o estabelecimento cada vez mais sólido da sociedade dos pedreiros, já agora chamados de Filhos de Salomão, e dos valores que a Maçonaria deles herdou, permitindo aos maçons modernos a recriação de seu próprio espírito através do trabalho incessante de crescimento e transformação que a Ordem lhes propicia.


No terceiro volume damos um salto de muitos anos, indo aos séculos XIII-XIV para revelar a verdadeira ligação entre a Maçonaria e a Ordem dos Cavaleiros Templários, tão explorada por diversos autores, mas que nunca se preocuparam com a verdade dos fatos, por desconhecer as verdades ciosamente guardadas pela Maçonaria, de quem os Templários foram associados durante toda a sua existência de mais de dois séculos.

As inverdades sobre esta união são de dois tipos: ou a negação pura e simples dela, através de preconceitos historiográficos , ou a aceitação delirante, através de processos "equisotéricos" de misticismo sem nenhuma solidez factual. ESQUIN DE FLOYRAC: O FIM DO TEMPLO, narra de maneira profundamente reveladora tanto a crescente união entre Templários e Pedreiros, já prontos para tornar-se a Ordem Maçônica como hoje a conhecemos, como também o papel desta ligação nos momentos que marcaram a destruição da Ordem pela Igreja de Roma e o Reinado de França.

O mais curioso, contudo, é ser narrado pelo traidor da Ordem Templária, um cavaleiro que foi o Judas de seus irmãos e que, de maneira rigorosamente factual, revela o drama de sua tarefa inglória mas essencial para a sobrevivência do Templarismo na Maçonaria, estabelecendo os fatos que dela fazem parte nos rituais que vão do 28º ao 33º grau.

A TRILOGIA DO TEMPLO, escrita nos últimos dez anos, tem sido considerada obra essencial para os maçons brasileiros, pelo material que disponibiliza e revela a todos que desejem não apenas entender a Ordem maçônica mas principalmente estabelecer para si mesmos um caminho de busca e crescimento.

Baseados em profunda pesquisa histórica e comportamental, disponibilizam para os leitores não só os fatos da vida cotidiana nos períodos em que se passam, mas principalmente os pensamentos e atitudes dos homens das respectivas épocas, todos os personagens históricos que têm finalmente reveladas as suas motivações e anseios, tal como percebidas e descobertas pelo autor, um escritor profundamente cioso de seu trabalho de escritor e pesquisador maçônico.

Como Maçom lutou para que a Ordem voltasse a ser modelo respeitando seus fundamentos, fez pela Maçonaria durante 10 anos o que muitos não fizeram por séculos. Ou desfizeram, tornando a Maçonaria forma de poder e disputa em vez de uma Ordem de Justiça, Ética e Fraternidade.

Dia 22 de maio de 2009,  o Grande Arquiteto do Universo  o acolheu com a decência e dignidade com que ele viveu, reservando-lhe como moradia uma "Casa no Campo".  

Era um dia chuvoso, parecia que o céu chorava quando suas cinzas foram lançadas na Baia de São Vicente da Ponte Pênsil. Que suas cinzas se espalhe pelos Oceanos de todo o mundo, banhando os continentes com sua presença e sabedoria.


Amado Irmão Zé Rodrix, você  não nos pertence mais, agora você faz  faz parte do universo misterioso de GADU.

Por José Cantos Lopes Filho M.:I.: GOP

2011

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MAÇONARIA NO VELHO OESTE

Veja em uma das foto algo interessante. 
Alguns Irmãos usavam aventais que iam até o tornozelo.

( clique na foto para ampliar)






quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ADAPTAÇÃO AO FIM DO HORARIO DE VERÃO

21/02/2012 10:16 - Brasil

Deve começar com antecedência, alerta neurologista

Adaptação ao fim do horário de verão deve começar com antecedência, alerta neurologista
O horário de verão acaba no dia 26 de fevereiro, mas quem tem mais dificuldade em se adaptar à mudança deve começar a preparar o organismo com antecedência, antecipando o horário de dormir cerca de dez minutos a cada dia. A orientação é do coordenador do serviço de neurologia do Hospital Anchieta, Ricardo de Campos. “Ao invés de esperar o dia da virada do horário, o interessante é que a cada dia fosse dormindo dez minutos mais cedo, até estar dormindo uma hora mais cedo, e o corpo não vai padecer”.
O médico explica que as mudanças sentidas pelo organismo com o início ou o fim do horário de verão são por causa de hormônios como o cortisol e a melatonina, que regem o nosso relógio biológico e são secretados de acordo com o tempo de exposição ao sol e à escuridão. “Dessa forma, todo o metabolismo do organismo passa a se pautar de acordo com as taxas de secreção desses hormônios. Quando uma hora do dia é suprimida ou acrescentada, passa a ter alterações nesse metabolismo”.

Os efeitos dessas mudanças, segundo Campos, vão desde alterações no sono, que podem causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da instabilidade vascular. Além dos idosos, as mulheres sentem bastante as mudanças de horário, pois têm diversas oscilações no organismo relacionadas à produção de hormônios. “Mudanças abruptas no nosso relógio biológico trazem malefícios incontestáveis em relação à saúde”, diz o especialista.

O governo federal ainda não tem um balanço da economia de energia proporcionada pelo horário de verão neste ano, mas a expectativa é que a mudança gere uma redução entre 4,5% e 5% na demanda de energia do horário de pico, nas regiões onde o sistema foi adotado (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e na Bahia). A redução total de consumo para o país deve ficar em torno de 0,5%, com uma economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o país durante o período.

O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, explica que o principal ganho para a sociedade com a adoção do horário de verão é o aumento da segurança e da qualidade do suprimento de energia. Além disso, com a redução da demanda, não é preciso fazer novos investimentos em usinas hidrelétricas ou acionar energia de usinas termelétricas para complementar o fornecimento de energia.

Segundo ele, a redução do consumo de energia, proporcionada pelo aumento da utilização da luminosidade natural, não chega a ser sentida na conta de luz dos consumidores. “O consumidor sentiria se tivesse que fazer investimentos, aí apareceria um acréscimo na conta de luz”, disse Grüdtner à Agência Brasil.

De acordo com o secretário, existem pesquisas que mostram a aprovação da população ao horário de verão, e a extinção da mudança não está nos planos do governo. “Pode até ser avaliado no futuro, mas em princípio sempre é um ganho. Se a sociedade inteira ganha com a aplicação do horário de verão, por que vou deixar de utilizar?”

Neste ano, o horário de verão começou no dia 16 de outubro, e terá uma semana a mais, porque a data estabelecida para o fim do horário diferenciado, que é o terceiro domingo de fevereiro, em 2012 coincidiu com o feriado do carnaval.
Agencia Brasil.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Louis Armstrong 

Louis Armstrong - Da Série Maçons Famosos

Louis Armstrong o Irmão improvisador do jazz




Muitos o consideram ilustre maçom americano nascido em Nova Orleans, o berço do jazz. Você vai até encontrar em algumas paginas de internet onde afirmam que ele era membro  da Loja de Montgomery, mas não há provas, em sua autobiografia ele escreve que era um membro de uma Loja dos Cavaleiros de Pythias.


 Nova Orleans 1901



Louis nasceu em agosto de 1901, numa família muito pobre. Passou a sua juventude na pobreza, num bairro de Nova Orleans, conhecido como "as costas da cidade". 


     Louis Armstrong’s childhood home, shortly before it was demolished in the mid-1960s



O seu pai, William Armstrong, abandonou a família quando Louis ainda era criança e casou-se com outra mulher. 


                                       A única foto conhecida do pai de Louis, William Armstrong.



A sua mãe, Mary Albert Armstrong, deixou Louis com a sua tia, o seu tio e a sua avó. Aos cinco anos ele voltou a viver com a sua mãe e via o pai muito raramente. 


Fisk School for Boys keepswinging.blogspot



Ele esteve na Fisk School for Boys onde pela primeira vez entrou em contato com a música. Ganhou  dinheiro como entregador de jornais e sapateiro ambulante enquanto  sua mãe se entregava a prostituição. Passou a entrar à espiar os bares de música perto de sua casa para ouvir e ver os cantores.

 Após sair da Fisk School aos 11 anos, Armstrong formou um quarteto que tocava na rua para ganhar algum dinheiro e também por esta altura ele começou a meter-se em confusões.

Conheceu dias muito difíceis, e olhava para a sua juventude como o pior momento da sua vida e, por vezes, até retirava inspiração dela: "Every time I close my eyes blowing that trumpet of mine, I look right in the heart of good old New Orleans...It has given me something to live for." ("Todas as vezes que eu fecho os meus olhos tocando aquele meu trompete, eu olho logo no coração da boa velha Nova Orleans... Ela deu-me algo pelo que viver.").

Conseguiu comprar um trompete, com dinheiro emprestado de uma família imigrante russo-judia, os Karnofskys que, até ao final da sua vida, considerou como membros da família visto que cuidaram dele vários dias e noites, enquanto a sua mãe trabalhava. Por essa razão, Louis usou uma Estrela de David pelo o resto de sua vida.

O tocador de corneta Bunk Johnson ensinou-o a tocar de ouvido no Dago Tony's Tonk em Nova Orleans, apesar de Louis ter dado crédito a um músico, de seu nome, Oliver, nos anos seguintes.

 Armstrong desenvolveu fortemente a sua maneira de tocar trompete na banda "New Orleans Home for Colored Waifs", onde ele fora várias vezes enviado a prisão por delinquência juvenil (mais notavelmente por disparar a arma do seu padrasto para o ar numa celebração de Véspera de Ano Novo, assim confirmam os registos policiais). 


The Colored Waif's Home Brass Band - 1910

Observe que ele aparece marcado no alto da foto.



O professor Peter Davis instalou disciplina e providenciou educação musical ao rapaz. Eventualmente, Davis fez Armstrong o líder da banda.

Home tocou por toda Nova Orleans e o rapaz de 13 anos passou a chamar atenção pelo modo como tocava trompete, começando uma nova carreira musical. Aos 14 anos ele saiu da Home e viveu com o seu pai e a nova madrasta e depois com a sua mãe e as ruas. Armstrong ganhou o seu primeiro emprego noturno no Henry Ponce's, onde Black Benny se tornou o seu protetor e tutor. Queimava carvão na fábrica de dia e tocava trompete à noite.

Ele tocou frequentemente nas Brass Band Parades e ouviu os músicos mais velhos sempre que podia, aprendendo com Bunk JohnsonBuddy PetitKid Ori e, acima de tudo, com Joe "King" Oliver, que atuou como mentor e figura paternal para o jovem músico. Mais tarde, ele tocou nos riverboats de Nova Orleans, trabalhando com Fate Marable subindo e descendo o Mississipi. Ele descreveu o tempo passado com Marable como "indo para a universidade", o que lhe proporcionou uma experiência única.

Com 17 anos de idade ele ganhou o apelido de Satchmo logo em seguida casou-se  e adotou uma criança com 3 anos, Clearence Armstrong que foi doente mental resultado de uma pancada quando ainda era bem criança.

Durante as suas experiências de "Riverboat", a música de Armstrong começou a amadurecer.

http://www.press.uchicago.edu/Misc/Chicago/437337.html ( leia sobre a experiência no Riverboat)


 Louis tocava e cantava no Barco Sidney a direita.


 Aos vinte anos, já conseguia ler partituras e começou a tocar grandes e prolongados solos de trompeta, sendo um dos primeiros Jazzmen a fazê-lo e introduzindo a sua personalidade e estilo nos seus solo turns. Ele acabara de aprender como criar um som único, e começara a cantar nas suas performances.






Em 1922, Armstrong foi para Chicago, por convite de Joe "King" Oliver, para se juntar à sua "Creole Jazz Band" onde ganhava o suficiente sem ter de atuar nos velhos clubes noturnos. Chicago, a cidade do vento, estava povoada de muitos negros, que após trabalharem nas fábricas, tinham algum dinheiro para gastar numa ida ao bar.

Armstrong viveu em Chicago no seu próprio apartamento, com a sua própria casa de banho privada (a sua primeira). Entusiasmado de se encontrar nesta cidade, começou a escrever cartas nostálgicas aos seus amigos em Nova Orleans.

 À medida que a carreira de Armstrong crescia, ele era desafiado a "cutting contests" (competições nas quais um músico tenta roubar o emprego do outro tocando melhor do que ele) por hornmen tentando acabar com o novo fenômeno. No entanto, falharam. Armstrong fez as suas primeiras gravações nas Gennett e Okeh labels (os recordes de jazz estavam a começar a rebentar por todo o país), incluindo alguns solos e breaks, enquanto segundo trompete na banda de Oliver em 1923. Por esta altura, ele conheceu Hoagy  Carmichael (com quem ele colaboraria depois) que foi introduzida por Bix Beiderbecke, seu amigo, que agora possuía a sua "Chicago band".



A sua segunda mulher, a pianista Lil Hardin Armstrong, fez com que Armstrong desenvolvesse o seu novo estilo afastado de Oliver. Ela convenceu o seu marido a tocar música clássica nas igrejas, para aperfeiçoar o seu estilo e a experimentar a tocar sem banda, além dos solos, e com coral religioso. A influência de Lil determinou eventualmente a relação entre Armstrong e o seu mentor, especialmente as questões do salário e dos dinheiros adicionais que Oliver afastava dele e dos outros membros da banda. A banda desfez-se em 1924 e Armstrong foi convidado a ir à cidade de Nova Iorque para tocar com a Fletcher Henderson Orchestra, a banda Américo-Africana de mais sucesso naquele período. Louis aprendeu como tocar em orquestra pela primeira vez. 




Armstrong rapidamente adaptou-se ao mais controlado estilo de Henderson e os outros músicos rapidamente tomaram Louis como um músico emocional e natural.



Durante esta altura, ele efetuou várias gravações, arranjadas por um seu velho amigo de Nova Orleans, o pianista Clarence Williams, estas incluíam concertos de banda Williams Blue Five (na qual Armstrong entrava), alguns solos de jazz e uma série de acompanhamentos com tocadores de Blues, incluindo Bessie Smith, Ma Rainey e Alberta Hunter.



Armstrong regressou a Chicago em 1925 devido à sua mulher, que queria incentivá-lo a prosseguir com a sua carreira. Ele gostou muito de Nova Iorque e admitiu que a Henderson Orchestra era bastante limitada. Ele começou a fazer gravações com o seu próprio nome com os famosos Hot Five e Hot Seven, produzindo grandes êxitos como Potato Head Blues, Muggles (uma referência à marijuana) e West End Blues.



O grupo incluia Kid Ory (trombone), Johnny Dodds (clarinete), Johnny St. Cyr (banjo), a mulher de Armstrong e, normalmente, nenhum tamborista. Sobre Armstrong, St. Cry disse:  ("Todos relaxavam ao trabalhar com ele...ele fazia sempre o seu melhor para realçar cada um dos membros da banda.") As suas gravações com o pianista Earl "Fatha" Hines e a introdução de Armstrong em West End Blues permanecem as mais famosas influências na história do Jazz. Armstrong era agora livre para desenvolver o seu estilo pessoal como ele quisesse.



Armstrong também tocou com "Erskine Tate's Little Symphony", no teatro de Vendome. Eles forneceram música para filmes mudos e shows ao vivo, incluido versões de música clássica "jazzeadas" entre as quais Madame Butterfly, o que proporcionou a Armstrong experiência com novos tipos de música e atuações perante uma grande audiência. Tornaram-se a banda de Jazz mais famosa na América.



Após separar-se de Lil, Armstrong começou a tocar no café Sunset para Joe Glaser, um associado de Al Capone. Na Carrol Dickerson Orchestra, com Earl Hines no piano, que rapidamente foi transformada na Louis Armstrong's Stompers, fez amizade vitalícia com Hines e dirigiu, pela primeira vez, um grupo musical.



Regressou a Nova Iorque em 1929, onde ele tocou na orquestra do musical Hot Chocolate e fez uma partipação especial na banda de Charles John Degoniah. Começou a trabalhar no Connie's Inn em Harlem, o segundo clube noturno mais famoso da Grande Maçã. Armstrong teve também um sucesso considerável com as gravações vocais, incluindo versões das famosas músicas compostas pelo seu velho amigo Hoagy Carmichael. As suas gravações de 1930 ganharam vantagem total devido ao "ribbon microphone" (microfone de peito) sobre todas as outras gravações de bandas da época, com menos qualidade. A mais famosa foi: "Stardust", que até hoje permanece uma das gravações com mais lucro de Armstrong.



A Depressão dos anos 30 atacou de forma violenta o jazz. Bix Beiderbercke faleceu e a banda de Fletcher Henderson dispersou-se. Muitos músicos deixaram de tocar nos clubes noturnos e alguns deixaram mesmo de ser músicos. King Oliver fez algumas gravações mas não tiveram êxito nenhum. Sidney Bechet tornou-se alfaiate e Kid Ory regressou a Nova Orleans para criar galinhas. Armstrong deslocou-se para Los Angeles em 1930 à procura de novas oportunidades. Ele tocou no New Cotton Club em L.A. com Lionel Hampton nos tambores. Em 1931 Armstrong apareceu no seu primeiro filme: Ex-Flame. Ele regressou a Chicago em Dezembro de 1931 e tocou nas bandas de Guy Lombardo e Raphael Minsby onde foi relembrado pelo público. Viajou por quase todos os estados e em Março de 1934 regressou a Nova Orleans, onde foi recebido como um herói. Ele patrocinou uma equipe de basquetel local, "Armstrong's Secret Nine", e deram-lhe o seu nome a um tipo de cigarro. Mas pouco tempo depois, ele regressou à estrada e foi novamente esquecido, o que fez com que ele fugisse para a Europa.



Após regressar aos E.U.A., ele tomou várias longas e exaustivas digressões. O seu agente, Johny Collins, fez com que Armstrong ficasse com pouco dinheiro. Ele despediu-o e contratou Joe Glaser, que resolveu as suas dividas e os seus processos.



Regressou ao cinema e participou num programa de radio, Rudy Valley's Show, em que ele entrevistou muitos músicos e tocou alguns solos. Divorciou-se de Lil em 1938 e casou com a sua nova namorada, Alpha.



Alpha and Louis



Após muitos anos na estrada,  fez residência em Queens, Nova Iorque, em 1943 com a sua quarta mulher, Lucille.


 Louis e Lucille no dia do casamento



Apesar de alguns ataques racistas (roubar o correio, atirar pedras à casa) integrou-se com os negros e alguns brancos do seu bairro.



Durante os trinta anos seguintes da sua vida, Armstrong tocou inúmeros solos e com inúmeras bandas, participou de filmes. Enfrentou algumas críticas por parte dos ativistas negros norte-americanos, pelo fato de não militar mais ativamente no movimento dos direitos civis. Porém é preciso lembrar que, naquela época, Louis já se aproximava dos 60 anos de idade, e pertencia a uma geração diferente daquela que estava assumindo a linha de frente dos protestos e da militância no final dos anos 50 e ao longo dos anos 60. Em 1967 gravou WHAT A WONDERFUL WORLD.



Trabalhou até os seus últimos dias, e morreu dormindo em sua casa, em Nova Iorque, em 6 de julho de 1971.



As suas últimas palavras foram: "I had my trumpet, I had a beautiful life, I had a family, I had Jazz. Now I am complete." ("Eu tive o meu trompete, uma vida linda, uma família, o Jazz. Agora estou completo.").




Uma ultimas fotos de Louis Armstrong



“Há dois tipos de música: a boa e a ruim. Eu toco a boa. ”


Louis Armstrong



Por José Cantos Lopes Filho